Polícia
por Marcela Guimarães
Publicado em 03/10/2025, às 15h05
As apurações sobre os casos de intoxicação por metanol no estado de São Paulo revelam que alguns tipos de bebidas alcoólicas foram adulterados com a substância.
Registros recentes revelam ocorrências envolvendo gin, uísque e vodca consumidos em bares e adegas da capital paulista.
De acordo com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, os casos não envolvem locais clandestinos, mas sim estabelecimentos comuns.
Com o aumento de casos graves, entidades como a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) e a Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe) divulgaram algumas orientações para que os consumidores de bebidas alcoólicas consigam se proteger e reconhecer possíveis sinais de adulteração. Confira:
Médicos alertam que a procura rápida por socorro é importante. Alterações na visão, crises convulsivas e mal-estar persistente por mais de 12 horas são sinais de intoxicação grave.
Outros sintomas possíveis incluem dor abdominal, náuseas, vômitos, dor de cabeça, taquicardia, desinibição, sedação, ataxia e visão turva, principalmente após a ingestão de bebidas de origem duvidosa.
Em situações de suspeita, o ideal é buscar atendimento médico de emergência imediatamente. A Secretaria Estadual de Saúde disponibiliza uma plataforma on-line para localizar os serviços de urgência mais próximos. Acesse a aba “Nossas Unidades”.
O metanol não deve ser ingerido por humanos. Altamente tóxico, até mesmo pequenas quantidades podem ser fatais.
Parte do risco está no fato de que ele se parece com o álcool comum. Tem gosto e cheiro semelhantes e, no início, provoca sintomas parecidos.
Segundo apuração da BBC Brasil, o perigo aparece algumas horas depois, quando o fígado tenta eliminar a substância. Nesse processo, o organismo produz compostos tóxicos (entre eles formaldeído, formiato e ácido fórmico).
Essas substâncias atacam nervos e órgãos vitais, podendo causar cegueira, coma e até a morte, como foi visto recentemente.
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