Polícia
Publicado em 16/11/2025, às 12h27 Reprodução/Pexels Marina Gonçalves
Um padre, que não teve a identidade divulgada, está no centro de uma grave denúncia após invadir uma cerimônia de matriz africana e chamar o líder religioso de “macaco nojento”.
Segundo informações do G1, que teve acesso ao Boletim de Ocorrência, o episódio aconteceu em Praia Grande (SP) no dia 2 de novembro, durante as cerimônias do Dia de Finados no Cemitério Morada da Grande Planície.
A celebração de matriz africana estava prevista para as 14h, e a missa do padre às 16h. Leandro Oliveira Rocha, 44 anos, que registrou a ocorrência na última segunda (10), e relatou à reportagem que, por volta das 15h28, o padre interrompeu a cerimônia e exigiu que ele deixasse o local.
“Ele me chamou de macaco, de nojento, de imundo. Isso é triste e feio. Nos tempos de hoje, não se admite isso”, disse Leandro. As ofensas racistas foram registradas em vídeo pela esposa do líder religioso.
No vídeo, membros da comunidade pedem respeito e alertam que a cerimônia não poderia ser interrompida. Em determinado momento, o padre passou próximo à esposa de Leandro, fazendo o celular dela cair; segundo o líder religioso, ele teria acertado a mão da mulher.
O boletim de ocorrência também relata que a Polícia Militar foi acionada, mas não conduziu o padre à delegacia, alegando que ele precisava celebrar a missa.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), o caso foi registrado no 2º Distrito Policial (DP) da cidade como “ultraje a culto e impedimento ou perturbação de ato a ele relativo” e “injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro, em razão de raça, cor, etnia ou procedência nacional”. A pasta também informou que “diligências estão em andamento para o esclarecimento dos fatos”.
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