Polícia
Publicado em 20/09/2025, às 10h35 Foto: Reprodução/Globo Fernanda Montanha
A Polícia Civil de São Paulo prendeu na última sexta-feira (19) Diego Fernandes de Souza, conhecido como “Minotauro”, apontado como um dos criminosos mais ativos em roubos a residências de luxo no estado. Ele, de 40 anos, foi capturado em Paraisópolis, na Zona Sul da capital, durante uma operação que também recuperou obras de arte de altíssimo valor.
Na ação, os agentes localizaram 20 pinturas roubadas, incluindo duas do renomado Alfredo Volpi, avaliadas em R$ 3 milhões cada. As telas estavam embaladas em plástico-bolha e guardadas em um imóvel ligado ao suspeito.
Segundo os investigadores, parte desse material já vinha sendo comercializada no mercado paralelo desde 2021, por valores de até R$ 150 mil.
Além das obras, a polícia também encontrou registros de movimentações ligadas à quadrilha, que atuava principalmente em bairros como Morumbi, Capão Redondo e Campo Limpo. O proprietário da casa onde os quadros estavam escondidos também foi preso por receptação.
Natural de Taboão da Serra, “Minotauro” começou a carreira criminosa de forma discreta, atuando como chaveiro das quadrilhas que invadiam condomínios de alto padrão. Com o tempo, deixou de ser coadjuvante e passou a montar sua própria equipe, assumindo o comando das operações.
De acordo com a polícia, ele era responsável por fornecer logística, planejar os ataques e repassar instruções. “Ele não precisava estar em todas as ações, mas coordenava tudo à distância”, explicou o delegado Clemente Calvo Castilhone Júnior, do Deic ao G1.
Em muitos assaltos, o criminoso era violento com as vítimas, chegando a amarrar moradores e agredi-los. Para os investigadores, isso consolidou sua reputação de um dos ladrões mais temidos do país.
No momento da captura, Diego já era procurado por roubo, porte ilegal de armas e associação criminosa. Ele também é investigado por ter participado de uma tentativa de assalto em um condomínio do Morumbi, poucas horas antes da prisão.
O delegado-geral Osvaldo Nico Gonçalves destacou a importância da operação: “Ele é o ladrão número 1 de São Paulo, o maior do Brasil”. Para a corporação, a queda de Minotauro pode reduzir de forma significativa os roubos a residências de luxo.
“Com essa prisão, acreditamos que os índices desse tipo de crime vão cair”, reforçou Castilhone Júnior.
A operação foi conduzida pela 4ª Delegacia do Patrimônio do Deic. A defesa de Diego Fernandes de Souza ainda não foi localizada.
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