Política
Publicado em 17/09/2025, às 07h03 Foto: Reprodução/Redes Sociais Fernanda Montanha
O Cartão Nacional de Saúde (CNS) será atualizado e, a partir de agora, exibirá o nome completo e o CPF dos cidadãos no lugar do antigo número de identificação. A decisão foi anunciada pelos ministérios da Saúde e da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) nesta terça-feira (16).
Segundo a pasta, a previsão é que até abril de 2026 cerca de 111 milhões de cadastros antigos sejam desativados — somente desde julho, mais de 54 milhões já foram inativados.
Apesar da mudança, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ressaltou que pessoas sem CPF continuarão sendo atendidas normalmente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Durante coletiva, ele afirmou: “Não estamos deixando ninguém para trás. Quem não possui CPF ainda poderá receber atendimento”. Padilha também lembrou que o SUS detém um dos maiores e mais complexos conjuntos de dados de saúde pública do mundo, segundo a Agência Brasil.
Para possibilitar a unificação, o Ministério da Saúde iniciou uma grande revisão no CadSUS, base que reúne os registros dos usuários do SUS. Desde o começo da ação, o número de cadastros ativos caiu de 340 milhões para 286,8 milhões.
Desses, 246 milhões já estão associados ao CPF, enquanto outros 40,8 milhões seguem sem o documento e passarão por análise antes de serem excluídos. A pasta também está removendo cadastros duplicados ou com informações inconsistentes.
Padilha afirmou que essa é uma etapa crucial para modernizar o sistema e citou que o serviço de saúde pública do Reino Unido levou dez anos para implantar um cartão unificado.
A expectativa do governo é eliminar cerca de 11 milhões de cadastros por mês, reduzindo a base para um número semelhante ao de CPFs ativos na Receita Federal, atualmente 228,9 milhões.
Essa integração está sendo possível graças ao cruzamento do CadSUS com os dados da Receita, permitindo acessar históricos de vacinação e medicamentos fornecidos pelo programa Farmácia Popular.
Para quem não possui CPF, foi criado um cadastro provisório válido por um ano, destinado a situações emergenciais. Após o atendimento, será necessário apresentar o documento e realizar prova de vida.
Grupos que tradicionalmente não utilizam CPF, como indígenas, estrangeiros e ribeirinhos, continuarão identificados pelo novo Cadastro Nacional de Saúde, considerado um registro complementar.
Além disso, todos os sistemas do SUS, como a RNDS, o SIM e os prontuários da atenção primária, serão gradualmente adaptados para usar exclusivamente o CPF. O processo será pactuado com o Conass e o Conasems e deve ser concluído até dezembro de 2026.
Segundo o ministério, o CadSUS também será integrado à Infraestrutura Nacional de Dados (IND), permitindo receber informações de órgãos como o IBGE e o CadÚnico. A expectativa é fortalecer a gestão pública, reduzir desperdícios e aprimorar o monitoramento do sistema de saúde.
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