Política
Publicado em 19/11/2025, às 10h50 Foto: Reprodução/X Fernanda Montanha
A entrega de uma escultura chinesa durante a COP30, em Belém, provocou grande repercussão nas redes sociais. Algumas páginas religiosas passaram a divulgar, de forma incorreta, que o Brasil teria recebido uma “estátua satânica”, espalhando desinformação rapidamente entre internautas.
A obra, chamada Espírito Guardião Dragão-Onça, é assinada pela artista chinesa Huang Jian e foi apresentada no domingo, 16 de novembro. A peça foi criada como símbolo de proteção da floresta amazônica, mas acabou alvo de críticas infundadas e rumores falsos.
O monumento em bronze combina duas figuras emblemáticas. O dragão, tradicional na China, representa prosperidade e renovação. Já a onça simboliza a riqueza da fauna amazônica. A intenção era reforçar a cooperação entre China e Brasil no contexto ambiental, não transmitir qualquer mensagem religiosa.
Segundo a artista e a Prefeitura de Belém, a escultura foi resultado de reuniões com o prefeito Igor Normando e a secretária de Cultura e Turismo, Cilene Sabino. O projeto faz parte do legado cultural da COP30 e não possui nenhuma relação com espiritualidade ou crenças.
Apesar dos esclarecimentos oficiais, conteúdos falsos viralizaram no TikTok, Instagram e Facebook. Até terça-feira, 18, apenas no TikTok, vídeos enganosos haviam ultrapassado 140 mil visualizações. Comentários religiosos inflamaram ainda mais o debate, com expressões como “O Brasil é do Senhor Jesus” e “Pode levar de volta”, mesmo sem relação com o projeto.
A Prefeitura e os registros oficiais da COP30 reforçam que a obra não possui conotação religiosa. Ela integra um conjunto que inclui também a escultura Mãe Brasil, representando uma figura feminina sobre a vitória-régia, outro símbolo da cultura amazônica.
O monumento foi inaugurado em uma cerimônia pública na Freezone Cultural Action, na Praça da Bandeira. A obra também está vinculada ao futuro Prêmio Dragão-Pantera Guardião, destinado a reconhecer indivíduos e instituições que promovem a preservação ambiental e ações contra o desmatamento, segundo o Diário do Comércio.
O foco principal da escultura é ambiental e cultural, reforçando a parceria entre os dois países e destacando a importância de proteger a floresta amazônica, independentemente das interpretações equivocadas nas redes sociais.
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