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Presidente Lula discursa na COP30; veja o que ele falou

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A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas teve início em Belém, destacando a Amazônia como palco crucial para o evento.  |   BNews SP - Divulgação Foto: Reprodução/Agência Brasil
Fernanda Montanha

por Fernanda Montanha

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Publicado em 10/11/2025, às 15h47



A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) começou nesta segunda-feira (10) em Belém, no Pará. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou a importância de sediar o evento na Amazônia, considerando que levar a conferência para o bioma mais diverso do planeta foi um desafio necessário.

Durante o discurso, Lula alertou para os impactos imediatos das alterações climáticas. “A mudança do clima é uma tragédia do presente”, afirmou, citando tufões, furacões e desastres naturais recentes no Paraná, Caribe e Filipinas, segundo o Metrópoles.

O presidente também criticou os negacionistas, acusando-os de controlar algoritmos, espalhar ódio e desconsiderar evidências científicas.

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A Amazônia e o legado do multilateralismo

Lula relembrou a importância histórica das conferências ambientais, mencionando a Cúpula da Terra de 1992, no Rio de Janeiro. Na ocasião, surgiram conceitos como desenvolvimento sustentável e responsabilidades comuns, que continuam guiando as políticas globais.

O presidente enfatizou que a Amazônia abriga quase 50 milhões de pessoas, incluindo 400 povos indígenas, e enfrenta desafios sociais e econômicos significativos. Trazer a COP para Belém permite que o mundo veja a realidade da floresta e conheça os investimentos em infraestrutura realizados para o evento, disse Lula.

Chamado à ação e compromissos

Durante a Cúpula de Belém, o governo brasileiro lançou o Fundo de Florestas Tropicais para Sempre, angariando US$ 5,5 bilhões em um único dia. Entre os compromissos anunciados estão manejo do fogo, direito à terra para povos indígenas, quadruplicação da produção de combustíveis sustentáveis e coalizão de mercados de carbono.

Lula dividiu seu Chamado à Ação em três partes: cobrar que os países cumpram suas metas climáticas, acelerar ações contra o desmatamento e a dependência de combustíveis fósseis, e colocar as pessoas no centro das políticas climáticas. O presidente destacou a urgência de proteger os grupos mais vulneráveis e reduzir desigualdades históricas entre Norte e Sul Global.

A urgência da crise climática

O líder brasileiro ressaltou que a emergência climática não é apenas ambiental, mas também social, aprofundando desigualdades e colocando milhões em risco. Ele concluiu com um apelo à juventude e à sociedade: mudar agora é escolher um futuro onde seja possível sonhar e viver em equilíbrio com o planeta.

A COP30 seguirá em Belém nas próximas duas semanas, reunindo líderes, cientistas e representantes da sociedade civil para avançar nas soluções globais contra as mudanças climáticas.

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