Política
Publicado em 20/09/2025, às 10h19 Foto: Reprodução/Redes Sociais Fernanda Montanha
O governo paulista anunciou novas ações para conter a saída de água dos principais reservatórios que abastecem a capital e a Grande São Paulo. A decisão, divulgada nesta sexta-feira (19), tem como foco a preservação dos mananciais que sofrem com a redução significativa dos níveis de armazenamento.
De acordo com boletim da Sabesp, o Sistema Integrado Metropolitano (SIM) opera com apenas 32,5% da capacidade, enquanto no mesmo período do ano passado o índice estava em 51,5%. A diferença preocupa técnicos e gestores públicos.
Entre as principais medidas está a ampliação do tempo de Gestão de Demanda Noturna (GDN), que passa de oito para dez horas, funcionando agora das 19h às 5h. Durante esse período, há redução da pressão nas tubulações, o que diminui o consumo e evita desperdícios.
O mecanismo já havia sido testado no fim de agosto e trouxe resultados expressivos: cerca de 7,2 bilhões de litros economizados, volume capaz de abastecer 800 mil pessoas por um mês. “Essa economia representa o tamanho de uma cidade como São Bernardo do Campo sendo atendida apenas pela redução de consumo”, informou a Sabesp.
Além do controle noturno, será intensificado o gerenciamento de pressão também durante o dia, ampliando o impacto positivo da ação.
O governo justifica a retomada das medidas pela combinação de eventos climáticos adversos e chuvas muito abaixo do esperado. Em agosto, por exemplo, choveu apenas 3 milímetros na região do PCJ, frente a uma média histórica de 29 milímetros. No Alto Tietê, o esperado era 32 mm, mas apenas 11 foram registrados.
Os sistemas Cantareira e Alto Tietê, que juntos respondem por 80% da capacidade do SIM, estão em níveis ainda mais críticos: 30,3% e 26,1%, respectivamente. A queda média da última semana foi de 0,26% ao dia.
As ações foram definidas pela Arsesp, em conjunto com a SP Águas, dentro do Comitê de Integração das Agências para Segurança Hídrica. O colegiado destacou que a primeira fase do GDN superou expectativas, mas a continuidade da estiagem exige medidas adicionais.
“A ampliação é necessária para garantir que os reservatórios tenham condições de recuperação”, explicou o governo estadual ao Uol. A presidente da SP Águas, Camila Viana, reforçou que o cenário atual pede atenção e preparo para medidas ainda mais restritivas, caso a situação se agrave.
Ela ressaltou que cada morador pode colaborar. “Medidas simples do cotidiano, como reduzir o tempo de banho ou reaproveitar a água, fazem muita diferença no consumo total”, afirmou.
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