Falta de esgoto tratado atinge milhões em SP; veja o que diz o novo estudo

São Paulo ainda enfrenta um problema grave de saneamento básico. Mais de 13 milhões de pessoas vivem sem acesso a esgoto tratado. Esse número representa 28,6% da população paulista, ou seja, quase um terço dos habitantes.

O dado faz parte do primeiro levantamento da IFAT Brasil. Por mais que esteja ocupando a quarta posição entre os estados com maior cobertura de tratamento de esgoto, São Paulo ainda precisa lidar com uma porcentagem bem alta.

Desigualdade no acesso ao saneamento

A Região Sudeste lidera no acesso ao esgoto tratado, com 80,9% da população atendida. O Centro-Oeste aparece logo atrás (62,3%), seguido pelo Sul (49,7%), Nordeste (31,4%) e Norte (14,7%).

O Distrito Federal (82%) e Roraima (81,3%) ficam na frente em nível estadual, enquanto o Acre segue no último lugar com apenas 0,7% de cobertura. Confira o ranking completo:

1. Distrito Federal (DF): 82%
2. Roraima (RR): 81,3%
3. Paraná (PR): 75,9%
4. São Paulo (SP): 71,4%
5. Goiás (GO): 60,3%
6. Rio de Janeiro (RJ): 54,8%
7. Mato Grosso do Sul (MS): 50,1%
8. Bahia (BA): 48,8%
9. Espírito Santo (ES): 44,5%
10. Paraíba (PB): 44,2%
11. Minas Gerais (MG): 43,7%
12. Mato Grosso (MT): 40,9%
13. Sergipe (SE): 38,1%
14. Ceará (CE): 36,6%
15. Santa Catarina (SC): 34,8%
16. Tocantins (TO): 32,3%
17. Pernambuco (PE): 30,1%
18. Rio Grande do Norte (RN): 29,8%
19. Rio Grande do Sul (RS): 26,6%
20. Amazonas (AM): 20,2%
21. Piauí (PI): 18,8%
22. Alagoas (AL): 14,8%
23. Amapá (AP): 14,2%
24. Maranhão (MA): 14,1%
25. Rondônia (RO): 9,8%
26. Pará (PA): 8,3%
27. Acre (AC): 0,7%

Falta de acesso à água também preocupa

Além do problema envolvendo o tratamento de esgoto, São Paulo também passa por obstáculos no fornecimento de água tratada.

Aproximadamente 2,2 milhões de pessoas (4,8% da população) ainda vivem sem acesso à rede de água potável. A Região Sul lidera com 91,6% da população atendida, seguida pelo Sudeste (90%) e Centro-Oeste (89,8%).

Apesar de liderar, o levantamento mostra que o estado ainda precisa lidar com desigualdades profundas quando o assunto é saneamento. O estudo não especifica quais regiões ficam com os piores índices.

Vale lembrar que o acesso à água potável e ao saneamento básico é uma meta dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU até 2030.

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