Política
Publicado em 14/10/2025, às 17h40 Foto: Unsplash Marcela Guimarães
O Serpro, empresa pública responsável pelo processamento de dados do Governo Federal, está desenvolvendo o ConversAI Studio, uma plataforma de inteligência artificial (IA) focada exclusivamente em órgãos públicos.
De acordo com a Folha de S. Paulo, o sistema funcionará de forma parecida com o ChatGPT, mas trabalhará com bases de dados oficiais do governo e acesso restrito. Ainda não há data definida para o lançamento.
Atualmente, o ConversAI está em fase de testes no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e na Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN). A Receita Federal deve ser a próxima a experimentar a ferramenta.
Segundo integrantes do Serpro, o objetivo é permitir que instituições federais usem IA em atividades que envolvam dados sigilosos, como informações financeiras, garantindo que essas informações não circulem por sistemas estrangeiros ou abertos.
Com a nova tecnologia, os órgãos poderão integrar seus próprios documentos e bancos de dados ao sistema do Serpro.
Assim como no ChatGPT, os servidores poderão interagir com o modelo, fazer perguntas e receber respostas baseadas nas informações internas carregadas na plataforma.
O Serpro tem investido em parcerias com big techs para o desenvolvimento de soluções em IA, incluindo Google e DeepSeek — esta última, inclusive, ganhou destaque internacional no início do ano ao lançar uma plataforma de inteligência artificial que mexeu com o mercado.
A empresa pública já oferece ferramentas de IA para diferentes órgãos do governo. Um dos exemplos é a Inteligência Artificial em Recursos Administrativos (IARA), usada pelo Conselho Administrativo de Recursos Fazendários (CARF) para apoiar a análise de processos tributários.
Soluções do Serpro também auxiliam o Judiciário, facilitando a leitura e a triagem de processos maiores.
A empresa mantém acordos com gigantes da tecnologia para o desenvolvimento das chamadas nuvens soberanas, que asseguram dados de cidadãos brasileiros armazenados dentro do país.
Na última semana, a Folha também revelou que o governo começou a testar equipamentos dessas nuvens da Microsoft, uma das poucas grandes empresas que ainda não haviam firmado parceria com o Serpro.
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