Política
Publicado em 16/09/2025, às 06h30 Foto: Reprodução/Freepik Fernanda Montanha
Ainda este ano, o governo federal pretende reativar o horário de verão, medida que está suspensa desde 2019. A proposta voltou à pauta por causa do aumento no consumo de energia e o risco de sobrecarga no sistema elétrico, conforme alertou o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
A decisão final ficará nas mãos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e será baseada em estudos técnicos do setor energético. Os relatórios vão apontar se a mudança traria benefícios reais para o equilíbrio do sistema e para o abastecimento do país, segundo o Catraca Livre.
Caso seja aprovada, a medida deve vigorar a partir de 00h, do primeiro domingo de novembro, até 00h do terceiro domingo de fevereiro de 2026. A aplicação ocorreria apenas em parte do território nacional, como já acontecia nos anos anteriores à suspensão.
Essa estratégia busca alinhar os horários de maior atividade da população com a presença da luz solar, diminuindo a pressão sobre o fornecimento de energia elétrica.
A avaliação sobre o retorno do horário de verão está mais complexa do que no passado. Hoje, o ONS considera, além do consumo, elementos como o volume de chuvas que influencia os reservatórios das hidrelétricas e o crescimento de fontes renováveis, como a energia solar e a eólica.
Especialistas afirmam que a medida poderia aliviar os horários de pico e aproveitar melhor as fontes limpas.
O avanço dessas energias renováveis pode ser potencializado com a mudança de horário, já que parte da demanda passaria a ocorrer durante períodos de maior geração solar, por exemplo.
Segundo o Plano de Operação Energética (PEN) 2025, a mudança ajudaria a transferir o pico de consumo para momentos de menor demanda, reduzindo a necessidade de acionar usinar termelétricas, que são mais caras e poluentes.
Além disso, o horário de verão poderia contribuir para preservar os níveis dos reservatórios das hidrelétricas, garantindo maior segurança no abastecimento, principalmente durante períodos de estiagem.
O governo avalia se os ganhos justificam a volta da medida já no próximo ano.
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