Política
Publicado em 13/12/2025, às 15h01 - Atualizado às 15h01 Foto: Reprodução/Freepik Fernanda Montanha
A Enel informou, na manhã deste sábado (13), que trabalha para restabelecer o fornecimento de energia elétrica aos consumidores afetados pelo apagão na Grande São Paulo até o fim deste domingo (14).
A manifestação ocorre após decisão judicial que determinou prazo de 12 horas para a normalização total do serviço, sob pena de multa de R$ 200 mil por hora em caso de descumprimento, segundo o Metrópoles.
A determinação foi emitida na noite de sexta feira (12) e aumentou a pressão sobre a concessionária. No centro da discussão, a continuidade do apagão passou a ser tratada como violação direta de direitos básicos, especialmente diante da duração do problema em algumas regiões.
De acordo com a Enel, por volta das 11h20 deste sábado, cerca de 446 mil imóveis permaneciam sem luz na área de concessão, o equivalente a 5,25% do total atendido. Municípios localizados a oeste da região metropolitana seguem entre os mais impactados.
Em Embu Guaçu, quase 60% das unidades ainda estavam às escuras. Na capital paulista, a concessionária contabiliza aproximadamente 306 mil imóveis sem fornecimento de energia. Em bairros como Sacomã e Saúde, moradores relatam falta de luz desde a última quarta feira (10), quando o vendaval começou.
A Enel afirma que o evento climático registrado nesta semana não tem precedentes recentes. Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia, foi a primeira vez desde 2006 que a estação Mirante de Santana registrou uma sequência tão longa de ventos acima de 70 quilômetros por hora na cidade de São Paulo.
Ainda conforme a empresa, as condições adversas dificultaram o trabalho das equipes. As rajadas contínuas provocaram novas quedas de energia enquanto os reparos estavam em andamento, ampliando o tempo necessário para o restabelecimento do serviço em alguns pontos.
A concessionária informou que mobilizou um número recorde de profissionais desde a manhã de quarta feira. Ao longo da quinta, quase 1,8 mil equipes atuaram simultaneamente. Com o uso de sistemas de automação e atuação intensiva em campo, cerca de 3,1 milhões de clientes tiveram o fornecimento restabelecido até o momento.
A ordem judicial partiu da 31ª Vara Cível do Foro Central, após ação do Ministério Público de São Paulo. Na decisão, a juíza Gisele Valle Monteiro da Rocha destacou que a energia elétrica é um serviço público essencial e indispensável à população.
Segundo a magistrada, o apagão prolongado evidencia falhas graves na prestação do serviço. Para ela, a interrupção prolongada expõe a população a riscos e compromete a rotina de serviços básicos, o que justifica a imposição de multa em caso de atraso na solução.
A expectativa agora é de que o cronograma apresentado pela Enel seja cumprido, enquanto moradores seguem aguardando a normalização completa do fornecimento.
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