Política
Publicado em 21/10/2025, às 06h00 Foto: Reprodução/Unsplash Fernanda Montanha
O salário mínimo brasileiro para 2025 foi fixado em R$ 1.518, representando um aumento de R$ 106 em relação ao valor anterior, de R$ 1.412. Embora o reajuste tenha sido recebido como uma melhora, especialistas alertam que a quantia ainda está muito distante do necessário para garantir uma vida digna aos trabalhadores.
De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o valor ideal deveria ser quase cinco vezes maior. Com base nos preços da cesta básica e no custo de vida das principais capitais, o órgão calcula que, em setembro de 2025, o mínimo necessário seria de R$ 7.075,83.
Em janeiro, o valor estimado já havia ultrapassado R$ 7 mil, chegando a R$ 7.156,15. O levantamento é atualizado mensalmente e serve de referência para medir a diferença entre o poder de compra real e o ideal da população assalariada.
O governo federal, liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, encaminhou ao Congresso o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2026, propondo que o novo salário mínimo seja de R$ 1.631. O reajuste representaria um aumento de 7,44% sobre o valor atual, mantendo a política de valorização adotada desde o início do mandato, de acordo com o Metrópoles.
Esse valor é ligeiramente superior ao previsto anteriormente na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que sugeria R$ 1.630. O acréscimo reflete a intenção do governo de garantir ganhos reais acima da inflação, uma das principais promessas da campanha de Lula.
O PLOA define as prioridades de investimento e as despesas do governo para o ano seguinte. Ele deve ser enviado ao Congresso até 31 de agosto e aprovado até 22 de dezembro, quando encerra o ano legislativo.
A política de valorização do salário mínimo considera a inflação do ano anterior somada à variação positiva do PIB de dois anos antes. Essa fórmula busca assegurar que os reajustes não apenas compensem a alta dos preços, mas também acompanhem o crescimento da economia nacional.
Teoricamente, o objetivo é ampliar o poder de compra das famílias e reduzir desigualdades, mas, segundo o Dieese, o valor ainda está longe de cobrir todas as necessidades básicas de um trabalhador e sua família.
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