Política
Publicado em 29/06/2025, às 12h00 Imagem gerada por inteligência artificial (IA) Marcela Guimarães
A Câmara Municipal de São Paulo aprovou, em primeira votação, um projeto de lei (PL) que pode deixar o visual da cidade um pouco mais diferente.
A ideia é trazer a liberação de painéis de LED cobrindo até 70% da fachada de prédios em regiões como a Avenida Paulista e o centro histórico, em locais como a Santa Ifigênia, tendo como inspiração a Times Square de Nova York.
Transformar a capital paulista em um meio de comunicação visual e cultura urbana é um dos objetivos do projeto para atrair interesses turísticos e comerciais.
O projeto muda alguns pontos da atual legislação, considerada uma marca registrada do urbanismo brasileiro. Entre as mudanças, o limite de anúncios passa de 4 m² para até 12 m² e libera publicidade em locais até então proibidos (como parques, viadutos, pontes e imóveis tombados).
A proposta também busca trazer de volta áreas degradadas, atrair investimentos privados e movimentar o turismo. O novo cenário deve incentivar empresas e marcas a ocuparem espaços antes “ignorados”.
A proposta ainda traz alguns debates. De um lado, os apoiadores enxergam uma oportunidade de modernização e aproximação do estilo urbano de grandes metrópoles internacionais.
De outro, arquitetos, urbanistas e entidades de preservação já pensam no risco de poluição visual da paisagem paulistana.
A oposição chegou a apelidar o projeto de Lei da Cidade Suja, com os argumentos de que a flexibilização problematiza os avanços alcançados com a Lei Cidade Limpa (2007).
Outras críticas envolvem a fragilidade da fiscalização, que já passa por dificuldades tentando consertar os problemas da lei atual.
Com a aprovação em primeira votação, o projeto ainda precisa passar por uma segunda rodada de análise na Câmara Municipal. Caso seja aprovado novamente, segue para sanção ou veto do prefeito Ricardo Nunes (MDB).
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