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Um dos maiores escândalos recentes envolvendo identidade digital, privacidade e redes sociais veio da China e ganhou o mundo sob o nome “Sister Hong”. O caso viralizou em plataformas como TikTok, X (antigo Twitter) e Reddit, gerando não apenas piadas e memes, mas também um debate sério sobre segurança, consentimento e os limites da exposição online.
Apesar do nome feminino, “Sister Hong” é o apelido de um influenciador chinês que se apresentava como mulher nas redes sociais.
O influenciador convidava os homens para encontros íntimos sem revelar sua verdadeira identidade. Segundo a imprensa chinesa, as interações ocorriam em sua residência, onde ele gravava os momentos de forma clandestina. Os vídeos — muitos deles explícitos — começaram a circular em plataformas como Telegram e Reddit, onde foram comercializados por valores equivalentes a cerca de R$ 115. Há rumores de que mais de mil homens foram vítimas, embora autoridades locais ainda não tenham confirmado a quantidade exata.
O caso explodiu nas redes sociais na última semana, principalmente no dia 18 de julho, quando as hashtags #SisterHong e #RedUncle se tornaram trend topics globais. Vídeos parodiando a figura de Sister Hong inundaram o TikTok, enquanto no Twitter/X o escândalo dividiu opiniões.
O escândalo reacendeu discussões urgentes sobre consentimento, identidade digital e os riscos do uso irresponsável de tecnologias como deepfakes, filtros de modulação facial e de voz. Especialistas apontam que ferramentas desse tipo, quando usadas para enganar, tornam quase impossível verificar a autenticidade de quem está por trás da tela.
A identidade real do influenciador já está sendo investigada pela polícia de Nanquim, na China. Segundo fontes locais, ele foi detido no início de julho e pode responder por produção e distribuição de material obsceno, além de violação de privacidade — crimes que podem levar a uma pena de até 10 anos de prisão no país.
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