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Publicado em 16/06/2025, às 16h49 Bianca Felix
Além de saboroso e anti-inflamatório, o cajá-manga (ou taperebá-manga) é uma excelente opção para quem deseja ter uma árvore frutífera produtiva no quintal. Com aroma marcante e sabor agridoce, a fruta é muito usada em sucos, doces e geleias. A planta é resistente a pragas, de fácil manejo e se adapta bem a regiões de clima quente e úmido.
A recomendação é iniciar o plantio no começo do período chuvoso, entre os meses de outubro e fevereiro. Isso favorece o enraizamento das mudas e reduz a necessidade de irrigação constante. Entretanto, se houver irrigação regular, o plantio pode ser feito durante o ano inteiro, desde que o solo esteja bem preparado.
Para se desenvolver de forma saudável, o cajazeiro-manga prefere solos profundos, férteis, levemente ácidos (pH entre 5,5 e 6,5), bem drenados e ricos em matéria orgânica. É importante evitar terrenos compactados ou encharcados. A cova para o plantio deve ter 50 cm de profundidade por 50 cm de largura, com a terra enriquecida por esterco de curral curtido, húmus de minhoca ou composto orgânico, além de areia para ajudar na aeração.
O ideal é escolher mudas enxertadas ou propagadas por alporquia, que frutificam mais rápido e preservam as características da planta original. A muda deve ser colocada no centro da cova, com o ponto de enxerto acima da linha do solo. Depois, é só preencher com o substrato preparado, apertar levemente e regar bem. O espaçamento recomendado entre plantas é de 6 a 8 metros.
Apesar de seu grande porte, o cajá-manga pode ser cultivado inicialmente em vasos com capacidade mínima de 100 litros, desde que o recipiente tenha boa drenagem e receba bastante luminosidade. Essa prática é útil para iniciar o desenvolvimento da muda antes de transplantá-la. Contudo, o cultivo permanente em vasos exige adubação frequente, podas constantes e irrigação regular, e limita a produção de frutos.
Nos primeiros meses após o plantio, é necessário manter o solo levemente úmido, regando de duas a três vezes por semana. A partir do segundo ano, a planta tolera melhor a seca, mas, durante a floração e o desenvolvimento dos frutos, a irrigação continua sendo essencial. O uso de cobertura morta ao redor da planta ajuda a conservar a umidade e proteger as raízes.
A importância da adubação A adubação correta garante uma boa frutificação. No plantio, recomenda-se o uso de esterco curtido, composto orgânico e farinha de ossos. A partir do segundo mês, é indicado aplicar NPK (10-10-10 ou 4-14-8) a cada 60 dias, ao redor da planta, sem contato direto com o tronco. Durante a floração e a formação dos frutos, o reforço com fósforo e potássio é essencial. Após o segundo ano, duas adubações por ano são suficientes: uma no início das chuvas e outra no meio do ciclo produtivo.
O tempo de frutificação varia conforme o tipo de muda utilizada. Mudas enxertadas ou por alporquia começam a frutificar em dois a três anos. Já plantas originadas de sementes podem levar até 6 anos. A colheita geralmente ocorre entre dezembro e março, durante o verão, e a árvore pode produzir dezenas de quilos de frutos por safra.
As pragas mais comuns no cajá-manga são cochonilhas, moscas-das-frutas, lagartas e brocas. Entre as doenças, destacam-se a antracnose e a mancha parda. A prevenção inclui o uso de caldas naturais como a bordalesa e o óleo de neem, podas de limpeza, controle de umidade e remoção de folhas secas e frutos doentes.
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