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Você pode estar caindo em golpes sem perceber ao parar para abastecer o carro. Embora a cena pareça corriqueira, com o frentista oferecendo “verificações extras”, muitos motoristas acabam aceitando serviços desnecessários e, às vezes, até prejudiciais ao veículo.
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) tem monitorado essas práticas com atenção, e algumas fraudes já foram flagradas em postos pelo Brasil.
Essa é uma das ofertas mais frequentes nos postos. Ao aceitar o serviço, o cliente pode acabar colocando óleo demais no motor. Isso gera acúmulo, formação de espuma e até sobrecarga nos componentes internos. O ideal é verificar o nível sempre com o carro frio e em superfície plana.
Outra oferta comum: a substituição das palhetas do para-brisa. Apesar do desgaste natural pela exposição ao sol e à chuva, nem sempre a troca é necessária. Muitas vezes, uma simples limpeza com água resolve o problema.
Mecânicos alertam ainda para o uso de palhetas paralelas ou de baixa qualidade, que podem comprometer a limpeza do vidro e até arranhar o para-brisa.
Alguns frentistas sugerem a verificação do fluido de freio. Embora a preocupação com segurança seja válida, há riscos na forma como esse serviço é oferecido. O fluido tem propriedades higroscópicas, ou seja, absorve umidade. A menor contaminação com água pode comprometer a eficiência da frenagem.
Além disso, a entrada de ar durante uma manipulação inadequada pode gerar bolhas e perda de desempenho no sistema. Se houver necessidade real de troca, o ideal é realizar o procedimento completo em uma oficina de confiança.
A checagem do nível de água do radiador também costuma virar desculpa para vendas extras. Em alguns casos, tentam empurrar aditivos genéricos para o sistema de arrefecimento. O correto, no entanto, é usar apenas água desmineralizada ao completar o reservatório e seguir as recomendações do fabricante ao escolher o aditivo — geralmente especificado no manual do carro.
“Quer colocar um aditivo no tanque?” Essa proposta é quase automática em alguns postos. Mas, segundo especialistas, essa adição no ato do abastecimento é, na maioria das vezes, desnecessária.
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