Entretenimento
A General Motors (GM) e a Hyundai anunciaram uma aliança estratégica para o desenvolvimento conjunto de cinco modelos inéditos. Essa parceria será direcionada principalmente aos mercados da América Central e América do Sul, com a produção compartilhada entre as duas fabricantes.
O portfólio planejado inclui um SUV, um automóvel compacto, uma picape e uma picape de porte médio, além de um modelo extra que promete chamar atenção no segmento. Para a América do Norte, a colaboração prevê também o lançamento de uma van elétrica voltada para uso comercial.
Segundo o comunicado oficial, quando a produção atingir sua capacidade máxima, a expectativa é ultrapassar 800 mil unidades comercializadas por ano. O início das vendas está programado para 2028.
José Muñoz, presidente e CEO da Hyundai Motor Company, destacou que essa colaboração permitirá à marca oferecer mais opções e valor aos consumidores em diferentes segmentos. A visão é de que, unindo forças, as empresas possam responder de forma mais competitiva ao avanço de outros fabricantes.
De acordo com Antônio Jorge Martins, professor de MBAs da FGV e especialista no setor automotivo, essa não é a primeira vez que grandes montadoras se juntam. Ele relembra a AutoLatina, parceria entre Ford e Volkswagen na década de 1990.
Contudo, Martins ressalta que o cenário atual é bem diferente. Hoje, a inovação tecnológica e a capacidade de evolução constante pesam muito mais. Ele cita o exemplo da chinesa BYD, que lança atualizações e melhorias a cada poucos meses, mantendo-se sempre à frente.
O crescimento acelerado de fabricantes da China, como BYD e Geely, está transformando a competição global. Essas marcas têm ampliado sua presença na Europa, América Latina e até mesmo em mercados mais tradicionais, como o Brasil.
Na visão de Martins, o cronograma para 2028 pode soar distante, mas reflete o tempo necessário para que GM e Hyundai alinhem suas culturas e tecnologias. Ele acredita que montadoras de perfil mais generalista buscarão, cada vez mais, alianças estratégicas para sobreviver e disputar espaço com os chineses.
“Há uma pressão muito maior para que essas iniciativas funcionem. Se não der certo, será difícil manter a operação de forma isolada”, conclui o especialista para a CNN.
Classificação Indicativa: Livre