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“A Empregada”: filme é fiel ao livro? Veja as principais diferenças

Nathalia Quiereguini

por Nathalia Quiereguini

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Publicado em 22/12/2025, às 13h40



Quando um livro se transforma em filme, mudanças são inevitáveis e "A Empregada" não foge à regra.

A adaptação cinematográfica mantém a essência da obra de Freida McFadden, mas realiza escolhas específicas para intensificar o impacto visual e acelerar o ritmo da narrativa, criando uma experiência diferente para o público.

Millie e os aliados

Segundo o Legião dos Heróis, no livro, Millie tenta reconstruir sua vida após um passado difícil, e o jardineiro Enzo é muito mais do que um coadjuvante: ele se envolve diretamente com a protagonista, oferecendo apoio em momentos críticos.

Já no filme, sua participação é reduzida, funcionando mais como observador e simplificando a dinâmica da história, o que muda a percepção do público sobre sua importância.

Relações e conexões

A conexão romântica entre Nina e Enzo tem peso na obra original, enquanto na tela ela é suavizada para manter o foco na tensão entre Millie, Nina e Andrew.

Essa escolha ajuda a condensar a narrativa, evitando que múltiplos arcos se percam e permitindo que o público se envolva mais rapidamente com os conflitos centrais.

Cenas intensificadas

O filme também amplifica algumas situações para aumentar a tensão.

A acusação de roubo sofrida por Millie, por exemplo, é mais dramática e explícita na tela, criando uma sensação imediata de perigo e isolamento, diferente do tratamento mais psicológico do livro.

Personagens secundários com mais presença

Evelyn, mãe de Andrew, é outro exemplo. No livro, ela surge em flashbacks e lembranças, funcionando quase como um símbolo do passado sombrio do filho.

No filme, sua presença é constante e perturbadora, reforçando o clima ameaçador da mansão.

Adaptação de punições e desfecho

O filme opta por mostrar torturas mais gráficas, enquanto o livro foca em sofrimento psicológico sutil.

O desfecho também muda: a narrativa literária é mais introspectiva, enquanto a adaptação aposta em um clímax dramático e colaborativo, destacando força e solidariedade feminina.

Duas formas de contar

No fim, livro e filme contam a mesma história central, mas cada um escolhe como apresentar os acontecimentos, explorando nuances que funcionam melhor no papel ou na tela.

Essa diferença é justamente o que torna adaptações tão fascinantes e permite que cada versão tenha seu próprio valor.

Classificação Indicativa: Livre

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