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Um caso impressionante ocorreu em Rio Branco, Acre, neste sábado (25/10): um recém-nascido, declarado morto pela equipe médica da Maternidade Bárbara Heliodora, foi encontrado vivo dentro do próprio caixão, momentos antes do sepultamento.
Segundo familiares, a bebê chorou quando uma parente abriu o caixão durante o velório, provocando desespero entre os presentes. O menino foi imediatamente levado de volta à maternidade e permanece internado em estado gravíssimo na UTI Neonatal.
O parto ocorreu na noite de sexta-feira (24/10). A mãe, natural de Pauini (AM), havia sido transferida para o Acre após apresentar sangramento e risco gestacional, já que o hospital local não possuía estrutura adequada para casos de alta complexidade.
O laudo médico atestou morte fetal por hipóxia intrauterina, condição em que o feto deixa de receber oxigênio suficiente durante a gestação. Após a constatação, a família recebeu o corpo para velório.
Somente na manhã seguinte, durante os preparativos para o enterro, a tia da criança percebeu que o bebê se mexia e chorava, comprovando que estava vivo. A pediatra Mariana Collodetti, que assumiu o caso no sábado, confirmou que o bebê apresenta prematuridade extrema: 23 semanas e cinco dias de gestação, pesando apenas 520 gramas.
A Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) informou que todos os protocolos de reanimação foram seguidos pela equipe médica no parto e que a entrega do corpo à família ocorreu após a constatação de ausência de sinais vitais.
O órgão abriu uma investigação interna para apurar o caso e garantir transparência, destacando que o bebê apresentou sinais vitais cerca de 12 horas após o parto e foi imediatamente reencaminhado à maternidade.
O Ministério Público do Acre (MPAC) instaurou procedimento para apurar responsabilidades. A família relatou que uma funerária particular chegou a retirar o corpo para sepultamento, momento em que foi constatado que o bebê respirava e chorava.
O MP requisitou informações à Sesacre e à maternidade sobre o atendimento, a equipe envolvida e os procedimentos adotados, a fim de esclarecer todos os detalhes do ocorrido.
O episódio chocou familiares e profissionais de saúde e abriu discussões sobre protocolos de diagnóstico de óbito e atendimento a recém-nascidos prematuros em situações críticas.
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