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O campo magnético da Terra está mudando: entenda o que pode acontecer

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Movimentos no núcleo terrestre indicam que uma nova inversão pode estar a caminho  |   BNews SP - Divulgação Foto: Freepik
Isabela Fernandes

por Isabela Fernandes

Publicado em 10/06/2025, às 18h10



A Terra possui um campo magnético semelhante a um enorme ímã, com polos magnéticos que orientam bússolas e protegem o planeta. Esse campo é gerado pelo movimento do ferro e níquel derretidos no núcleo do planeta, que criam uma espécie de escudo contra a radiação solar e cósmica.

Desde o início das medições, em 1831, os cientistas observaram que o polo magnético norte não está fixo, mas se desloca alguns quilômetros anualmente. Atualmente, ele já se move a uma velocidade acelerada, passando de 11 para 55 quilômetros por ano desde 1990. 

Esse aumento pode indicar que a Terra está se preparando para um fenômeno conhecido como inversão geomagnética, quando os polos magnéticos trocam de lugar.

Esse processo já aconteceu muitas vezes na história do planeta. Foram registradas 171 inversões, com a última ocorrendo há cerca de 781 mil anos. Durante esse período, o campo magnético enfraquece temporariamente, o que pode afetar a atmosfera, especialmente a camada de ozônio, que ajuda a proteger a Terra dos raios ultravioleta (UV).

Embora os protetores solares possam proteger contra os raios UV, a radiação gama, muito mais perigosa, não tem uma barreira eficiente. Se o campo magnético sumir, mesmo que por pouco tempo, isso pode causar sérios danos à saúde humana e aos equipamentos eletrônicos, que podem sofrer interferências e até parar de funcionar.

Apesar dos possíveis impactos, essa mudança não deve acontecer tão cedo. Os cientistas estimam que a próxima inversão geomagnética pode ocorrer daqui a aproximadamente 1300 anos. Até lá, talvez tenham pensado em uma solução.

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