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por Isabela Fernandes
Publicado em 26/05/2025, às 13h15
Sentir cansaço frequente pode ser mais do que simples estresse ou rotina pesada. Quando esse sintoma vem acompanhado de esquecimentos, fraqueza sem explicação, dormência nas mãos ou nos pés, é hora de investigar: a deficiência de vitamina B12 pode estar por trás do problema.
A vitamina B12 é essencial para várias funções do corpo humano. Ela participa da produção dos glóbulos vermelhos, é fundamental para a saúde do cérebro e do sistema nervoso, além de ser indispensável para o bom funcionamento das mitocôndrias, estruturas celulares responsáveis por gerar energia.
Sem ela, o organismo tem dificuldade de transformar nutrientes em ATP, a principal fonte de energia das células, o que pode levar à fadiga intensa e a sintomas neurológicos.
Embora esteja presente principalmente em alimentos de origem animal, como carnes, ovos, leite e derivados, o problema da deficiência de B12 vai além das dietas vegetarianas ou veganas.
Pessoas com doenças gástricas, como gastrite atrófica e anemia perniciosa, ou que passaram por cirurgia bariátrica, também correm risco. Além disso, medicamentos como metformina, usado por diabéticos, e omeprazol, prescrito para gastrite e refluxo, podem dificultar a absorção dessa vitamina.
Os sinais de deficiência podem variar bastante, mas incluem: fadiga persistente, palpitações, falta de ar, alterações na memória, depressão, visão embaçada, língua inflamada e sensações anormais, como formigamento ou dormência. Muitas vezes, esses sintomas são confundidos com outras condições, atrasando o diagnóstico.
Para identificar o problema, é recomendada a dosagem da vitamina B12 no sangue. Valores abaixo de 300 pg/mL podem indicar deficiência, principalmente se acompanhados de sintomas. Em casos em que os níveis parecem normais, mas os sintomas persistem, um exame chamado ácido metilmalônico (MMA) pode ser mais preciso para detectar a deficiência funcional.
O tratamento vai depender do motivo da deficiência da vitamina B12. Em alguns casos, mudanças na dieta são suficientes. Em outros, é preciso usar suplementos orais ou até injeções. O mais importante é procurar orientação médica antes de tomar qualquer decisão, já que cada caso exige uma abordagem específica. Com o acompanhamento certo, é possível recuperar a energia, proteger o sistema nervoso e garantir mais disposição no dia a dia.
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