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Foto: Joédson Alves/Agência Brasil
por Marcela Guimarães
Publicado em 16/07/2025, às 16h38
O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) definiu o dia 24 de julho como data para a próxima reunião. Nela, será decidido o valor do lucro do fundo a ser depositado aos trabalhadores. Assim como determina a lei, o valor precisa ser repassado até 31 de agosto.
O FGTS gera lucro ao investir recursos em setores como moradia, infraestrutura e saneamento básico. Desde 2016, uma lei obriga a distribuição de parte desse lucro com os trabalhadores como forma de aumentar a rentabilidade das contas vinculadas.
A decisão sobre quanto será distribuído cai sobre o Conselho Curador, formado por representantes do Governo Federal, além de trabalhadores e empregadores. Em geral, quanto maior o lucro, maior o valor que chega aos beneficiados. Em 2023, por exemplo, foram distribuídos R$ 15,2 bilhões.
Recebem os valores todos os trabalhadores que tinham saldo positivo no FGTS no ano-base. Neste caso, o repasse de 2025 será referente ao saldo existente em 2024.
Para consultar se havia saldo em sua conta, basta acessar o aplicativo Meu FGTS, disponível para Android e iOS. Também é possível obter o extrato de forma presencial em agências da Caixa Econômica Federal.
A quantidade recebida por cada trabalhador depende de um índice multiplicador, calculado a partir do valor total aprovado para distribuição. Em 2024, ele foi de 0,02693258. Assim, quem tinha R$ 10 mil na conta do FGTS em 31 de dezembro de 2023 recebeu R$ 269,32 no fim de agosto.
Já em 2023, o multiplicador foi de 0,02461511, resultando em um pagamento de R$ 246,15 para quem tinha o mesmo saldo pelo fim de 2022.
O Conselho Curador costuma repassar quase a totalidade dos lucros. Em 2022 e 2023, por exemplo, 99% dos ganhos foram destinados aos trabalhadores. Já em 2021, o índice foi de 96%. Em 2023, por mais que a distribuição tenha sido de apenas 65%, o valor em reais bateu recorde.
O FGTS foi criado como uma forma de proteção ao trabalhador demitido sem justa causa. Por isso, a maioria só tem acesso aos recursos em situações como a rescisão do contrato de trabalho ou a aposentadoria.
Mas há exceções. O saque pode ser autorizado em casos específicos, como o uso do dinheiro na compra da casa própria, diagnóstico de doenças graves, aquisição de próteses ou em situações de calamidade pública.
Além disso, existe o modelo de saque-aniversário. Nele, o trabalhador recebe um valor anual no mês do seu nascimento (geralmente por volta de R$ 1 mil). Quem prefere essa modalidade, no entanto, perde o direito ao saque em caso de demissão.
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