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Casa de Dinamite: veja o que é real e o que é ficção no sucesso da Netflix

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Dirigido pela premiada Kathryn Bigelow, conhecida por filmes de guerra, o suspense "Casa de Dinamite" teve muita pesquisa de campo e algumas adaptações; confira  |   BNews SP - Divulgação Foto: Divulgação/Netflix.
Bianca Novais

por Bianca Novais

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Publicado em 31/10/2025, às 16h20



O novo thriller “Casa de Dinamite”, dirigido por Kathryn Bigelow e atualmente o filme mais assistido da Netflix no mundo, apresenta ao público em um cenário tenso de crise global.

Na trama, os Estados Unidos precisam reagir a um possível ataque nuclear em questão de minutos. Um suspense que pode até parecer “forçado", mas tem raízes reais.

De acordo com a Rolling Stone, o longa se apoia em extensa pesquisa e recria com realismo o protocolo americano diante de uma ameaça nuclear. Confira o que é verdade e o que é “liberdade criativa” no filme:

Precisão

Em entrevista para a Variety, o roteirista Noah Oppenheim defendeu que a produção é “bastante precisa”, baseada em pesquisas com especialistas que atuaram nessas funções.

Porém, a Agência de Defesa Antimísseis dos EUA (MDA) contestou o filme, alegando que sua tecnologia possui “taxa de precisão de 100% em testes há mais de uma década”.

Idris Elba interpreta o Presidente dos Estados Unidos (POTUS) em "Casa de Dinamite". Foto: Divulgação/Netflix.
Idris Elba interpreta o Presidente dos Estados Unidos (POTUS) em "Casa de Dinamite". Foto: Divulgação/Netflix.

Tempo de resposta

A estrutura narrativa reforça essa sensação de urgência: o longa é dividido em três blocos de 19 minutos, o tempo que os personagens têm para evitar a catástrofe.

Segundo a Nuclear Threat Initiative (NTI), um míssil pode cruzar o planeta em até 30 minutos e, se lançado de um submarino próximo, o impacto seria ainda mais rápido, o que torna o cenário do filme plausível.

Ameaça nuclear durante a Guerra Fria

Mas parte da força de “Casa de Dinamite” vem de um acontecimento real.

Segundo o UOL, o roteirista se inspirou em episódios da Guerra Fria, especialmente no caso do tenente-coronel soviético Stanislav Petrov.

Em 26 de setembro de 1983, Petrov ignorou um alerta de ataque nuclear que, segundo os radares, indicava o lançamento de mísseis dos EUA.

Desconfiando da precisão do sistema, ele apostou na própria intuição e impediu que a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) ordenasse um contra-ataque, ao decidir não notificar seus superiores.

Minutos depois, descobriu-se que o alerta fora causado pelo reflexo da luz solar nas nuvens.

Bigelow, vencedora do Oscar por "Guerra ao Terror" (2008), usa essa inspiração para levantar uma questão inquietante: e se a tecnologia falhasse novamente e alguém tivesse que escolher entre obedecer ordens ou evitar o fim da humanidade?

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