Entretenimento

Você aceitaria viver como um casal DADT? Entenda essa tendência

Relacionamentos não monogâmicos também podem ser o reflexo da necessidade de nomear novas formas de amar. - Foto: Unsplash
Esse tipo de vínculo traz algumas diferenças mesmo dentro daqueles que se relacionam com mais de um parceiro.  |   BNews SP - Divulgação Relacionamentos não monogâmicos também podem ser o reflexo da necessidade de nomear novas formas de amar. - Foto: Unsplash
Camila Lutfi

por Camila Lutfi

Publicado em 06/08/2025, às 08h58



Um novo termo dos relacionamentos não monogâmicos está surgindo com maior evidência: os casais DADT. Esse tipo de vínculo traz algumas diferenças mesmo dentro daqueles que se relacionam com mais de um parceiro.

O termo vem da sigla "Don't Ask, Don't Tell", o que significa “não pergunte, não conte”, em tradução livre.

O conceito das relações DADT é simples: desde que consentido previamente, é possível que as pessoas de um casal tenham relações românticas ou sexuais separadas, mas não devem compartilhar o fato com o parceiro, nem incluir a terceira pessoa nos convívios do casal.

Diferença para outros relacionamentos não monogâmicos

A principal diferença dos casais DADT para outras dinâmicas não monogâmicas é justamente a não comunicação sobre os relacionamentos fora do núcleo principal.

Geralmente, esse pilar é uma das partes fundamentais do relacionamento não monogâmico, visando transparência sobre os acordos. 

No entanto, o objetivo dos vínculos DADT é evitar assuntos desconfortáveis, que possam causar ciúmes ou tensões ao casal.

Monogamia está sumindo?

pessoas com mãos dadas
Foto: Unsplash

Sandra López, sexóloga e licenciada em Psicologia, em entrevista ao La Nacion, explicou que o vínculo monogâmico e o casamento perderam a obrigatoriedade, mas esses tipos de relações — inclusive as DADTs — sempre existiram.

Porém, a monogamia e o casamento eram formas de relacionamento que, anos atrás, atravessavam absolutamente todos os vínculos e os tornavam socialmente adequados e aceitos, de acordo com a especialista.

As novas dinâmicas surgem em resposta das gerações que cresceram analisando os relacionamentos de seus pais e avós e criticando alguns papéis tradicionais.

Tecnologia impacta na não monogamia

A especialista ainda indica que os relacionamentos não monogâmicos também podem ser o reflexo da necessidade de nomear novas formas de amar, se relacionar e se desapegar em meio a uma sociedade dependente da tecnologia.

O uso de redes sociais e uma maior jornada pela liberdade pessoal trazem siglas como DADT à tona, desafiando os comportamentos tadicionais de expectativas em relações amorosas e sexuais.

Também em entrevista à La Nacion, a psicóloga Victoria Almiroty reflete que a tecnologia traz sensação de imediatismo para as relações, o que pode influenciar na informalidade.

No entanto, ela reforça que um vínculo significativo não pode ser rápido na busca por algo além da superficialidade.

Classificação Indicativa: Livre

Facebook Twitter WhatsApp