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‘Caso Eloá – Refém ao Vivo’: por que Lindemberg ficou fora do documentário?

Foto: Reprodução/Netflix
O documentário 'Caso Eloá: Refém ao Vivo' traz uma nova perspectiva sobre o sequestro que paralisou o Brasil em 2008.  |   BNews SP - Divulgação Foto: Reprodução/Netflix
Fernanda Montanha

por Fernanda Montanha

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Publicado em 14/11/2025, às 09h09



O documentário Caso Eloá: Refém ao Vivo chegou à Netflix no dia 12 de novembro e rapidamente alcançou o topo dos filmes mais assistidos da semana. A produção reacende um dos episódios mais marcantes da história recente do país, trazendo um olhar mais profundo sobre o crime que, em 2008, paralisou o Brasil.

A obra reúne entrevistas inéditas com autoridades, profissionais da imprensa e pessoas próximas à jovem Eloá Pimentel, que tinha apenas 15 anos. O foco da narrativa é reconstruir o que aconteceu, destacando tanto os erros institucionais quanto os impactos emocionais deixados pela tragédia.

Além das fontes oficiais, familiares e amigos relembram quem era Eloá antes do sequestro. Esses depoimentos oferecem dimensão humana ao caso, afastando o sensacionalismo que marcou parte da cobertura na época.

Foto: Reprodução/Netflix
Foto: Reprodução/Netflix

Por que o autor do crime não aparece

Em conteúdo divulgado com exclusividade para a CNN, a produtora Veronica Stumpf explicou a ausência de Lindemberg na obra. Segundo ela, ouvi-lo não acrescentaria nada significativo à compreensão do caso. “Dar espaço ao criminoso não faria sentido”, afirma, reforçando que a sociedade já o ouviu durante o sequestro e nos desdobramentos judiciais.

Stumpf também ressaltou que a intenção central da produção é evidenciar como Eloá foi tratada e como a sequência de falhas contribuiu para o desfecho trágico. Ela aponta problemas na atuação policial, na cobertura da imprensa e até no comportamento coletivo diante do episódio. A produtora recorda que o agressor chegou a ser retratado como um jovem apaixonado, o que, segundo ela, revela a distorção narrativa da época.

Relembre o caso que chocou o país

O sequestro de Eloá Pimentel, então com 15 anos, pelo ex-namorado Lindemberg Alves, que tinha 22, mobilizou o Brasil em 2008. O crime foi acompanhado ao vivo por diversos canais de televisão, transformando o episódio em um espetáculo midiático sem precedentes.

Durante 100 horas, a polícia tentou negociar a libertação das vítimas, enquanto vizinhos, repórteres e curiosos se aglomeravam do lado de fora. A exposição contínua contribuiu para uma atmosfera caótica, marcada por especulações, entrevistas improvisadas e decisões controversas.

O caso se tornou um dos episódios de cárcere privado mais emblemáticos do país, levantando debates sobre segurança pública, violência contra mulheres e responsabilidade midiática. Hoje, o documentário revisita esses elementos com profundidade, convidando o público a refletir sobre o impacto coletivo dessa tragédia.

Classificação Indicativa: Livre

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