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Publicado em 26/05/2025, às 16h50 Redação
Bonito, cidade no Mato Grosso do Sul, tornou-se um dos principais polos mundiais para a observação e pesquisa de sucuris, as maiores serpentes do mundo em massa, segundo o Instituto Butantan.
A visibilidade incomum dos rios de águas cristalinas da região permite que essas cobras sejam observadas em seu habitat natural, atraindo tanto turistas quanto pesquisadores. Essa condição rara transformou Bonito em um verdadeiro laboratório a céu aberto para o estudo da espécie e da biodiversidade local.
Nos últimos anos, três sucuris ganharam notoriedade. A mais emblemática foi Ana Júlia, fêmea que alcançou 6,36 metros e aproximadamente 200 quilos. Encontrada morta no Rio Formoso em 2024, por causas naturais, sua morte repercutiu entre cientistas e guias da região. Monitorada ao longo dos anos por pesquisadores, Ana Júlia se tornou um importante objeto de estudo sobre o comportamento e o ciclo de vida das sucuris, além de ajudar a projetar internacionalmente o nome de Bonito como referência em conservação de grandes répteis.
Atualmente, outras duas serpentes seguem sendo observadas com frequência na região. Mãezona, com cerca de seis metros, é constantemente avistada por guias e mergulhadores. Já Queixinho, com uma deformação na mandíbula que lhe deu o nome, mede cerca de cinco metros e também é presença marcante nos rios da cidade.
Além de despertarem fascínio, essas serpentes reforçam a importância do turismo ecológico aliado à preservação ambiental. Com suas aparições recorrentes e comportamento pacífico, tornaram-se verdadeiras embaixadoras da fauna local, contribuindo para a conscientização ambiental e o fortalecimento da pesquisa científica na região.
Bonito, mais do que um destino turístico, afirma-se como um centro de referência global no estudo e preservação das sucuris e da vida silvestre brasileira.
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