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por Isabela Fernandes
Publicado em 27/05/2025, às 11h22
Nomes bastante populares entre os brasileiros, como Gabriel, Alice e Júnior, estão na lista dos que enfrentam restrições ou até proibições em diferentes países do mundo. Isso acontece por causa de critérios específicos ligados à religião, à cultura local ou à preservação do idioma.
No Brasil, as regras para o registro de nomes são flexíveis. De acordo com a Associação Nacional de Registros de Pessoas Naturais (ARPEN-Brasil), só são vetados nomes que possam constranger a pessoa ou expô-la ao ridículo. Já em outras partes do mundo, os critérios são bem mais rígidos e refletem os valores e tradições de cada sociedade.
Um exemplo curioso vem da Islândia, onde existe um comitê responsável por analisar e aprovar nomes com base na gramática e na pronúncia do idioma islandês. Nomes como Alice e Carolina, que são populares no Brasil, não são permitidos lá por não se adequarem às regras linguísticas do país.
A religião também tem um papel importante nessa questão. Em muitos países de maioria muçulmana, nomes considerados sagrados, como Gabriel, Miguel e Rafael, são usados apenas em contextos religiosos.
Registrar como nome de batismo pode ser interpretado como desrespeito à fé islâmica. Na Arábia Saudita, por exemplo, o nome Linda foi proibido por ser considerado incompatível com os valores religiosos e culturais locais.
Além disso, o uso de nomes derivados de marcas, personagens famosos ou celebridades também costuma ser barrado em várias partes do mundo. Em países como Brasil, México e Islândia, nomes como Facebook ou Robocop já foram negados por conterem excesso de “estrangeirismo”.
Outro caso curioso é o do nome Júnior. Enquanto no Brasil ele é muito usado para indicar filhos que herdam o nome dos pais, em países de língua inglesa, “Junior” é apenas um sufixo (como Robert Downey Jr. ou Cuba Gooding Jr.) e não costuma ser aceito como nome de registro.
Isso mostra como um simples nome pode carregar significados muito diferentes dependendo da região. O que é comum em um país pode ser motivo de rejeição em outro, reforçando como as escolhas de nomes estão ligadas à cultura, religião e idioma de cada sociedade.
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