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por Isabela Fernandes
Publicado em 11/06/2025, às 14h48
A influenciadora digital Virginia Fonseca foi apontada em um relatório da CPI das Bets, no Senado, como uma das figuras públicas que teriam promovido apostas online de forma irregular.
A comissão a acusa de ter feito divulgação enganosa dessas plataformas, o que pode configurar estelionato. O relatório final foi apresentado nesta terça-feira (10), e o caso agora está nas mãos do Ministério Público Federal (MPF).
Além de Virginia, outros nomes como a advogada e influenciadora Deolane Bezerra também foram incluídos no relatório. No caso de Deolane, as suspeitas são ainda mais graves, envolvendo acusações de lavagem de dinheiro, jogo de azar, organização criminosa e loteria não autorizada.
Apesar da repercussão, o pedido de indiciamento feito pela CPI não representa uma ação penal imediata. O relatório será agora encaminhado ao Ministério Público Federal (MPF), que analisará se há elementos suficientes para abrir uma investigação formal ou apresentar uma denúncia à Justiça. A decisão final cabe exclusivamente ao MPF, que poderá arquivar o caso ou prosseguir com medidas legais.
Conforme explicou ao jornal Metrópoles o advogado criminalista Guilherme Gama, o indiciamento, caso seja acolhido, permite aprofundar as investigações, incluindo possíveis quebras de sigilos bancário e fiscal. No entanto, ele ressaltou que nenhum bem de Virginia poderá ser bloqueado neste momento, salvo se houver decisão judicial específica no futuro.
Sobre o uso de suas redes sociais, o especialista também destacou que o indiciamento por si só não autoriza o bloqueio de perfis. Esse tipo de medida, segundo ele, só pode ocorrer por meio de decisão judicial fundamentada, respeitando o direito à defesa e o devido processo legal.
O parecer da relatora será votado pelos senadores membros da CPI nesta quinta-feira (12). A defesa de Virginia informou que se manifestará de forma mais ampla após a deliberação final da Comissão.
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