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Pequenos indícios da existência de um dos personagens mais importantes no livro “It: A Coisa”, de Stephen King, foram incluídos nos filmes: uma tartaruga de LEGO no quarto de Georgie (Jackson Robert Scott), outra nadando na pedreira onde o Clube dos Perdedores brinca.
De primeira, podem parecer apenas símbolos de inocência e da lentidão da passagem do tempo, mas, segundo o site Terra, esse é um dos maiores segredos do universo de terror criado por King.
Nos livros, a tartaruga tem nome e propósito: Maturin, uma entidade cósmica que representa a Ordem e a Criação.
Muito mais do que apenas um animal simbólico, Maturin é descrita como uma divindade ancestral que vive no Macroverso, o mesmo plano de onde surgiu Pennywise (Bill Skarsgård).
É ela quem, segundo a mitologia de King, criou o universo em um ato quase acidental, ao “vomitar” a realidade durante uma dor de estômago cósmica.
Essa divindade é a força oposta a Pennywise. Enquanto o palhaço devora e destrói, movido pelo medo e pelo caos, Maturin é a personificação da vida e da harmonia. A guerra entre eles transcende a cidade de Derry: é uma batalha metafísica entre a Criação e a Destruição.
Apesar da importância da entidade na mitologia literária, o diretor dos filmes e da série “It: Bem-vindos a Derry”, Andy Muschietti, escolheu simplificar a narrativa nas adaptações audiovisuais.
De acordo com o Terra, ele transferiu a função simbólica de Maturin diretamente para a humanidade das crianças. Assim, o poder da amizade e da coragem substitui a intervenção divina, e a Tartaruga se torna apenas um conjunto de easter eggs discretos.
Mesmo assim, o legado de Maturin continua. Na série prelúdio da saga, os fãs atentos seguem encontrando tartarugas escondidas pela cidade, como lembretes sutis de que, no universo de King, tudo está conectado.
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