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A gravidez da ex-BBB e médica Laís Caldas chamou atenção nas redes sociais recentemente, levantando um alerta importante: o uso de medicamentos para emagrecimento, como o Mounjaro, pode reduzir a eficácia da pílula anticoncepcional.
Segundo o Uol, Laís compartilhou que engravidou mesmo usando anticoncepcional oral de forma regular.
Alguns meses antes do casamento com o também ex-BBB Gustavo Marsengo, ela iniciou um tratamento com Mounjaro, medicamento indicado para perda de peso e combate à obesidade.
Segundo a ex-BBB, o remédio teria interferido na absorção do anticoncepcional, permitindo que a gestação acontecesse.
O caso se tornou conhecido nas redes pelo fenômeno chamado “bebês Ozempic”, termo usado para situações semelhantes envolvendo medicamentos da mesma classe da tirzepatida, princípio ativo do Mounjaro.
Especialistas explicam que medicamentos injetáveis para emagrecimento, como a tirzepatida, atuam imitando hormônios intestinais que regulam o apetite, como o GLP‑1.
Esses hormônios retardam o esvaziamento do estômago e podem provocar efeitos gastrointestinais, incluindo náuseas, vômitos e diarreia.
Esses sintomas afetam parte significativa dos usuários e podem prejudicar a absorção de medicamentos orais, incluindo anticoncepcionais, fazendo com que os hormônios sejam eliminados antes de entrar na corrente sanguínea.
Além disso, a própria perda de peso pode aumentar a fertilidade. A redução de gordura corporal melhora o equilíbrio hormonal e ajuda a restaurar ciclos ovulatórios em mulheres que tinham irregularidades, elevando naturalmente as chances de gravidez.
A Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia) alerta que ainda faltam estudos conclusivos sobre a interação entre a tirzepatida e anticoncepcionais orais.
No entanto, recomenda cautela: mulheres que usam Mounjaro devem evitar pílulas isoladas ou combiná-las com métodos de barreira, como preservativos, por pelo menos quatro semanas após iniciar ou ajustar a dose.
Outra alternativa é optar por métodos contraceptivos de alta eficácia que não dependem da absorção intestinal, como DIU hormonal ou de cobre, ou implante contraceptivo.
A entidade também reforça que não há evidências de segurança do medicamento durante gravidez ou amamentação, por isso, a orientação é suspender a tirzepatida pelo menos um mês antes de tentar engravidar.
O caso de Laís evidencia a importância de atenção ao uso de medicamentos para emagrecimento junto com anticoncepcionais e reforça que planejamento familiar deve ser sempre acompanhado por um profissional de saúde.
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