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Falar com animais como se fossem pessoas: veja a explicação da ciência

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Conversar com animais de estimação fortalece laços e promove um senso de comunidade.  |   BNews SP - Divulgação Foto: Reprodução/Freepik
Fernanda Montanha

por Fernanda Montanha

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Publicado em 24/09/2025, às 08h10



Nos últimos anos, é cada vez mais comum observar tutores tratando cães, gatos e outros animais de estimação como verdadeiros companheiros. Esse comportamento não é apenas uma demonstração de carinho: a psicologia mostra que falar com pets reflete traços profundos de personalidade e inteligência emocional.

Especialistas explicam que o ato de dialogar com animais envolve empatia, criatividade e percepção emocional. Conversar com o próprio gato ou cachorro pode indicar uma sensibilidade elevada às emoções de outros seres vivos, fortalecendo os vínculos afetivos e ajudando a reduzir estresse e solidão, segundo a Gazeta de SP.

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Antropomorfismo e inteligência emocional

Na psicologia, essa tendência é chamada de antropomorfismo: atribuir características humanas a animais. A prática de conversar com pets vai além do simples afeto cotidiano, funcionando como um espelho do modo como a pessoa interage com o mundo.

Indivíduos que adotam esse hábito geralmente demonstram maior facilidade em reconhecer e responder às emoções alheias, seja em humanos ou em animais. Além disso, a comunicação verbal com os pets envolve imaginar cenários, brincadeiras e rotinas, revelando criatividade e capacidade de construir ambientes afetivos e lúdicos.

Benefícios emocionais e sociais

O diálogo com os animais também atua no bem-estar psicológico. Conversar com pets reduz ansiedade e estresse, proporciona sensação de acolhimento e aumenta a autoestima. Esse hábito cria um espaço seguro para expressão de sentimentos, especialmente para quem vive sozinho.

Além do vínculo afetivo, essa interação reflete preocupação com o cuidado de outros seres vivos. Tutores que se comunicam com seus pets frequentemente se engajam em ações solidárias, como apoiar abrigos e campanhas de adoção. O hábito evidencia senso de comunidade e cooperação, extrapolando o relacionamento individual com o animal.

Companhia, lealdade e vínculo duradouro

Conversar com animais de estimação também indica valorização da lealdade e da companhia constante. Pessoas que mantêm esse hábito percebem o convívio com os pets como fonte de conforto emocional e presença incondicional. A comunicação com o animal ajuda a amenizar a solidão, reforçando vínculos afetivos que impactam positivamente a vida diária.

Embora os pets não respondam com palavras, eles entendem entonações, gestos e expressões, mostrando que a comunicação vai além da linguagem verbal. Algumas correntes chegam a falar em “telepatia animal”, interpretada como uma conexão intuitiva profunda.

Falar com os animais, portanto, não é apenas estranho ou supérfluo: trata-se de uma prática que revela sensibilidade, empatia e criatividade, oferecendo um olhar singular sobre as relações humanas e não humanas.

Classificação Indicativa: Livre

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