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Faustão fez transplante de fígado pelo SUS: entenda como funciona a fila

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O transplante de coração de Faustão levanta questões sobre a fila de transplantes no Brasil e os critérios que a regem.  |   BNews SP - Divulgação Reprodução/ Record
Gabriela Teodoro Cruz

por Gabriela Teodoro Cruz

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Publicado em 08/08/2025, às 09h27



O caso do apresentador Fausto Silva, o Faustão, que recebeu um transplante de coração em tempo recorde, reacendeu o debate sobre como funciona a fila de transplantes no Brasil. A rapidez do procedimento gerou dúvidas entre o público sobre possíveis privilégios, mas a verdade é que o sistema nacional segue regras rigorosas e critérios médicos bem definidos.

O que é a fila de transplante?

A fila de transplante no Brasil é gerida pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT), ligado ao Ministério da Saúde. Ela não é uma lista única por ordem de chegada. Na verdade, é um sistema dinâmico e técnico, que prioriza pacientes de acordo com critérios clínicos, como gravidade da doença, compatibilidade sanguínea e tempo de espera.

Quem define a ordem dos transplantes?

A ordem dos transplantes é determinada por equipes médicas e sistemas informatizados da Central Nacional de Transplantes e das centrais estaduais. Esses sistemas analisam diversos fatores, como:
  • Tipo sanguíneo do paciente e doador
  • Estado clínico do receptor (quanto mais grave, mais prioridade)
  • Compatibilidade de peso e altura
  • Tempo de permanência na fila
  • Localização do receptor (proximidade geográfica conta)
Não há espaço para interferência pessoal ou política. A fiscalização é rigorosa, com auditorias frequentes e protocolos bem estabelecidos.

Por que Faustão recebeu o transplante tão rápido?

Fausto Silva entrou na fila de transplante cardíaco em agosto de 2023 e recebeu um novo coração em apenas uma semana. À primeira vista, isso parece indicar favorecimento, mas especialistas explicam que casos assim são possíveis e acontecem.
Faustão foi classificado como prioridade máxima, pois apresentava um quadro grave de insuficiência cardíaca e já estava internado em UTI com suporte de equipamentos de assistência circulatória. Pacientes nessas condições têm prioridade, conforme as normas do SNT. Além disso, a compatibilidade com o órgão disponível foi considerada ideal, acelerando o processo.

Transplantes no Brasil: como estamos?

O Brasil possui o maior sistema público de transplantes do mundo. Segundo o Ministério da Saúde, mais de 95% dos procedimentos são realizados pelo SUS. Em 2024, o país registrou um aumento no número de doadores, mas ainda há muitos pacientes na fila.
De acordo com dados recentes, mais de 40 mil pessoas aguardam algum tipo de transplante no Brasil. Os órgãos mais demandados são rim, fígado e córnea. A média de espera varia muito conforme o órgão e o estado do paciente.

Classificação Indicativa: Livre

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