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Reprodução/ divulgaçãoPublicado em 18/06/2025, às 14h56 Bianca Felix
Com a eleição ao papado no dia 08 de maio, Leão XIV iniciou uma nova fase da vida em que hábitos antigos tiveram de ser deixados para trás, inclusive dirigir. O agora pontífice lamentou a despedida da direção em uma visita recente à Ordem de Santo Agostinho, onde foi líder antes de assumir o posto máximo da Igreja Católica.
Desde que retornou à Itália, em 2023, para ocupar o cargo de prefeito do Dicastério dos Bispos, o então cardeal Robert Prevost circulava pelas ruas de Roma com um Fiat Panda. Ao se tornar papa, passou a se locomover em um Volkswagen Tiguan híbrido, utilizado pela comitiva papal.
O Fiat Panda tem uma história intimamente ligada ao Brasil. Lançado em 1980, com design do renomado Giorgetto Giugiaro, o modelo foi pensado para ser robusto, simples de fabricar e de usar, com detalhes práticos como a capacidade de levar dois galões de vinho no porta-malas. O projeto inspirou o Fiat Uno, que seguiu muitas soluções mecânicas e visuais do Panda europeu.
Embora não haja fotos conhecidas de Prevost com seu carro, tudo indica que ele utilizava a terceira geração do modelo, muito parecida com o último Uno produzido no Brasil. Em 2024, o Panda foi o carro mais vendido da Itália pelo 15º ano consecutivo.
Com versões a gasolina, diesel, gás natural e até uma opção flex (gasolina ou GNV), o Panda era responsável por oferecer uma ampla variedade de motorização. Ambientalista declarado, é possível que o papa tenha optado pelo modelo híbrido leve, que combina o motor 1.0 Firefly, do Fiat Mobi, com um motor elétrico auxiliar.
A versão híbrida foi lançada em 2020 por 11.785 euros. Em 2025, modelos usados com dois anos de uso são encontrados por cerca de 8.000 euros. Seu interior é simples, com poucos recursos, e a central multimídia está disponível apenas nas versões mais recentes e caras.
Nascido e formado nos Estados Unidos, Prevost provavelmente teve diversos veículos antes de sua ordenação em 1982. Sua vida religiosa inclui muitas viagens, inclusive dirigindo por longas distâncias.
O bispo Stephano Musomba, da Tanzânia, recorda um episódio de 2003, quando Prevost viajou mais de 12 horas entre Songea e Morogoro, no país africano, para participar da cerimônia de votos perpétuos de três religiosas.
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