Entretenimento
por Marcela Guimarães
Publicado em 24/09/2025, às 15h38
Você já criou uma imagem com inteligência artificial (IA) que parecia impecável, mas, no fundo, estava um pouco estranha? Pele lisa demais, olhar artificial e detalhes meio distantes: esse é o famoso “efeito boneca”.
O segredo para escapar dele não está em buscar mais perfeição, mas em adicionar a medida certa de imperfeição humana, assim como funciona na vida real.
É importante humanizar a máquina nesses momentos. A ideia é aprender a tratar a IA como uma fotógrafa, alguém que entende de textura de pele, luz natural e beleza das pequenas (e presentes) imperfeições.
Atualmente, as pessoas já conseguiram desenvolver um olhar crítico para detectar o que é IA em questão de segundos. Retratos com pele plastificada, olhos muito brilhantes e simetria total despertam aquela certa desconfiança.
O erro mais comum é pedir “pele perfeita” ou “rosto impecável” nos prompts, já que a beleza humana está justamente no contrário, com textura, poros, variações de luz e fios de cabelo fora do lugar.
Ao invés de esconder, a IA precisa receber o comando para recriar esses detalhes que enganam e fazem a imagem parecer, de fato, real.
No fim, a grande ironia é que a IA só chega naquele realismo quando abandona a perfeição solicitada. O segredo é guiar a tecnologia para reproduzir o que é realmente humano.
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