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A cidade de Santos, localizada no litoral de São Paulo, é a que apresenta o maior índice de ilhas de calor entre municípios costeiros, segundo dados da plataforma de monitoramento socioambiental UrbVerde, desenvolvida por pesquisadores da USP.
O fenômeno é resultado de uma combinação de fatores urbanos e climáticos que elevam as temperaturas em algumas regiões da cidade acima da média local.
Segundo a Metrópoles, Ilhas de calor são áreas urbanas com temperaturas mais altas do que a região ao redor. Isso acontece principalmente devido à verticalização excessiva e à falta de arborização, que dificultam a dispersão do calor.
Em Santos, o índice chegou a 83,3 de 100, o maior da região.
Um dos principais fatores que contribuem para o aumento das temperaturas é a verticalização da cidade.
Edifícios altos funcionam como barreiras naturais para a brisa do mar, que poderia reduzir a sensação térmica nos bairros mais densamente ocupados.
Dados do Censo 2022 do IBGE mostram que 67,1% das moradias de Santos são apartamentos, totalizando 112.401 unidades, a maior proporção do país.
A avaliação da UrbVerde também indica que a população mais vulnerável sofre mais com o calor intenso.
Entre os mais afetados estão idosos, crianças, negros e indígenas, que correspondem a cerca de 30% da população local residente nas áreas de maior impacto.
Especialistas apontam algumas medidas que podem ajudar a reduzir a intensidade das ilhas de calor, como o plantio de árvores, a naturalização de rios e lagos e políticas públicas que incentivem áreas verdes urbanas.
Além de melhorar a qualidade do ar, essas ações aumentam o conforto térmico e reduzem os riscos à saúde da população.
O caso de Santos mostra como a urbanização sem planejamento pode influenciar diretamente o clima local.
A conscientização sobre as ilhas de calor e a implementação de estratégias de mitigação são essenciais para tornar as cidades mais habitáveis e resilientes diante das mudanças climáticas.
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