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Você imaginaria um lugar com mais de 500 galinhas para cada morador? Assim é Bastos, no interior de São Paulo, a cerca de 530 quilômetros da capital. Com pouco mais de 20 mil habitantes e mais de 11 milhões de aves, o município conquistou o título de “Capital do Ovo” e se tornou referência nacional em avicultura.
A história da cidade tem raízes na imigração japonesa. Em 1928, o imigrante Senjiro Hatanaka veio ao Brasil para buscar terras férteis para famílias vindas do Japão. A escolha pela região deu origem a uma colônia que moldaria o futuro local.
Disciplina e qualidade se tornaram marcas registradas. Os descendentes japoneses aplicaram técnicas agrícolas precisas e valores comunitários que transformaram Bastos em um modelo produtivo, segundo a Gazeta de SP.
Antes voltada ao café e ao algodão, Bastos encontrou na avicultura um novo caminho após a queda da produção de seda durante a Segunda Guerra Mundial. O que começou como alternativa econômica se tornou o motor da cidade, responsável por mais de um quarto da produção de ovos do estado.
O legado familiar impulsiona o setor até hoje. De geração em geração, a avicultura fortaleceu a identidade e a economia local. Segundo o IBGE, Bastos é também o segundo município com maior proporção de descendentes asiáticos do Brasil.
A ligação com o alimento é visível em todos os cantos. Na Praça do Ovo, os lustres e calçadas lembram o formato oval, e o letreiro “Capital do Ovo” virou parada obrigatória para turistas.
Em julho, Bastos se transforma para receber a Festa do Ovo, a maior feira de avicultura do país. O evento reúne produtores, pesquisadores e visitantes, movimentando toda a economia local.
Mais do que um produto, o ovo virou símbolo de orgulho bastense. Ele representa trabalho, herança cultural e inovação, pilares que transformaram uma pequena cidade do interior paulista em referência nacional.
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