Entretenimento
por Camila Lutfi
Publicado em 20/06/2025, às 17h28
O inverno começa oficialmente ás 23h42 desta sexta-feira (20) e segue até meados de setembro. A estação é conhecida pelas baixas temperaturas e poucas chuvas, mas em 2025 o clima pode seguir bem mais gelado no Brasil do que nos últimos anos por influência das águas do Oceano Pacífico.
Segundo o Instituito Nacional de Meteorologia (Inmet), o inverno 2025 será marcado pelo período menos chuvoso das regiões Sudeste, Centro-Oeste e parte das regiões Norte e Nordeste do Brasil, enquanto os maiores volumes de precipitação concentram-se sobre o noroeste da Região Norte, leste da Região Nordeste e parte da Região Sul do Brasil.
Além de uma menor incidência de radiação solar, a estação possui mais ocorrências massas de ar frio, que provocam queda na temperatura do ar, resultando em valores médios inferiores a 22ºC sobre a parte leste das regiões Sul e Sudeste do Brasil.
Ainda de acordo com o Inmet, essa diminuição de temperatura pode ocasionar formação de geadas nas regiões Sul, Sudeste e no Estado do Mato Grosso do Sul; queda de neve nas áreas serranas e planaltos da Região Sul, e episódios de friagem nos Estados do Mato Grosso, Rondônia, Acre e no sul do Amazonas.
Serão comuns as formações de nevoeiros e/ou névoa úmida nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, com redução de visibilidade, especialmente em estradas, áreas serranas e aeroportos.
É esperado que as temperaturas do inverno em 2025 se mantenham em linha com a expectativa para a estação. Isso está relacionado às águas superficiais do Oceano Pacífico.
Danielle Ferreira, do Inmet, explicou à Folha de S. Paulo, que em 2023 e 2024, o inverno no Hemisfério Sul teve a influência do El Niño. Isso explica, em parte, o calor fora de época durante os últimos dois anos.
Apesar da expectativa de mais frio neste ano, a especialista destacou que, pelo menos desde 2008, o Brasil enfrenta invernos cada vez mais quentes.
Ela ressaltou que a persistência de temperaturas acima da média nos últimos anos tem influência do aquecimento global. Assim, as mudanças climáticas desestabilizam a atmosfera e geram eventos cada vez mais extremos, como ondas de calor, ondas de frio, secas prolongadas ou chuvas intensas que caem num curto período.
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