Entretenimento
por Isabela Fernandes
Publicado em 05/06/2025, às 10h57
O comediante Léo Lins foi condenado a 8 anos e 3 meses de prisão em regime fechado por conta de piadas feitas em seu especial de stand-up "Perturbador", divulgado em 2023 no YouTube.
A decisão foi tomada pela 3ª Vara Criminal Federal de São Paulo na última sexta-feira (30/5).
O conteúdo do show, que havia sido gravado em Curitiba, viralizou nas redes sociais e gerou forte repercussão. As piadas incluíam comentários ofensivos sobre diversos grupos, como negros, nordestinos, indígenas, pessoas com deficiência, homossexuais, judeus, idosos, obesos, evangélicos e portadores de HIV.
Além da pena de prisão, o humorista também deverá pagar duas multas: uma de R$ 1,4 milhão, equivalente a 1.170 salários mínimos de 2022, e outra de R$ 303,6 mil, destinada a compensar danos morais coletivos.
O Ministério Público argumentou que o espetáculo promovia discurso de ódio e ofendia direitos fundamentais, o que motivou o pedido de remoção do vídeo da internet.
Em maio de 2023, a Justiça de São Paulo atendeu ao pedido do Ministério Público e ordenou que o especial fosse retirado do ar no YouTube, onde já havia sido removido preventivamente meses antes, em dezembro de 2022, após atingir mais de 3 milhões de visualizações.
Léo Lins reagiu publicamente à decisão, alegando estar sendo censurado, e disse “Estão igualando uma expressão artística a um ato criminoso”. Segundo ele, o processo representa uma ameaça à liberdade artística e
A sentença judicial considerou como fator agravante o fato de as falas terem sido feitas em um ambiente de entretenimento e lazer. O entendimento é de que, mesmo dentro do contexto do humor, há limites legais para a liberdade de expressão quando se trata de ofensas a grupos historicamente discriminados.
A defesa de Léo Lins se manifestou por nota no Instagram. Confira:
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