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"Monstro”: conheça a história sombria da mãe de Ed Gein

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A série revela como a infância sob a rígida influência da mãe moldou o comportamento perturbado de Ed Gein.  |   BNews SP - Divulgação Reprodução/ Netflix
Gabriela Teodoro Cruz

por Gabriela Teodoro Cruz

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Publicado em 07/10/2025, às 10h06



A Netflix lançou na última sexta-feira (3/10) a terceira temporada da série Monstros, que mergulha na vida de criminosos que chocaram os Estados Unidos. O novo arco, Monstro: A História de Ed Gein, apresenta os bastidores da mente perturbada do serial killer que inspirou ícones do cinema de horror.

Entre os personagens centrais está Augusta Wilhelmine Lehrke, a mãe de Ed Gein uma mulher autoritária e profundamente religiosa, cuja criação rígida influenciou diretamente o comportamento do filho.

A infância sob o domínio da mãe

Nascida em 1878, Augusta cresceu em uma família alemã extremamente devota e conservadora. Ela acreditava que o mundo estava tomado pelo pecado e que o prazer era a porta para o inferno.

Aos 22 anos, casou-se e se mudou para Wisconsin. Teve dois filhos: Henry e Edward Theodore Gein. Embora desejasse ter uma filha, decidiu criar Ed sob uma vigilância absoluta. Ele e o irmão foram isolados do convívio social e proibidos de sair de casa exceto para frequentar a escola.

Um lar marcado por medo e repressão

Ed foi uma criança tímida e solitária. A mãe o castigava quando tentava fazer amigos e o pai o agredia fisicamente. Augusta também o ensinou a desprezar as mulheres, pregando que elas eram “instrumentos do diabo”.

Em um dos episódios mais chocantes, ao flagrar o filho se masturbando aos 12 anos, Augusta o puniu dizendo que o sexo era “a maldição do homem”. Ela exigiu que os filhos permanecessem virgens, afirmando que o desejo os levaria à perdição.

A morte da mãe e o início dos crimes

Com a morte de Augusta em 1945, Ed ficou completamente sozinho e sua fixação pela mãe se transformou em algo ainda mais sombrio.

Entre 1954 e 1957, ele assassinou Mary Hogan e Bernice Worden, mas o horror maior veio com o que a polícia encontrou em sua casa: móveis feitos de pele humana, tigelas com crânios, máscaras com rostos femininos e até um abajur montado com uma face.

A tentativa de “reconstruir” a mãe

Os investigadores descobriram que Gein desenterrava corpos de mulheres que lembravam Augusta. Ele usava partes desses cadáveres para tentar “reconstruí-la”, como se buscasse trazer a mãe de volta à vida.

Preso em 1957, Gein foi considerado mentalmente incapaz e enviado para um hospital psiquiátrico. Em 1968, foi julgado e condenado pelo assassinato de Bernice Worden, mas permaneceu internado até sua morte, em 1984.

Um legado de horror e influência cultural

A história de Ed Gein ultrapassou os limites do noticiário policial. Sua trajetória inspirou personagens icônicos do terror, como Norman Bates (Psicose), Leatherface (O Massacre da Serra Elétrica) e Buffalo Bill (O Silêncio dos Inocentes).

Agora, com a nova série da Netflix, o público volta a revisitar o passado do “Monstro de Plainfield” e, principalmente, a figura da mãe que deu origem ao pesadelo.

Classificação Indicativa: Livre

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