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Foto: Divulgação/Netflix
por Marcela Guimarães
Publicado em 06/10/2025, às 14h48
A Netflix acaba de lançar “Monstro: A História de Ed Gein”, série criada por Ryan Murphy e Ian Brennan.
A obra, baseada em fatos reais, promete ser um dos grandes títulos de true crime do ano, seguindo o sucesso dos lançamentos focados nas histórias de Jeffrey Dahmer e dos irmãos Menendez.
Nascido em 1906, no estado de Wisconsin, nos EUA, o serial killer Edward Gein teve uma infância marcada pela pressão religiosa e pelo isolamento.
Sua mãe, Augusta, era extremamente controladora e pregava que o mundo estava corrompido, enquanto o pai, alcoólatra, quase não participava da criação dos filhos.
Após a morte dos pais e do irmão, Ed passou a viver completamente sozinho. Foi nesse período que sua mente perturbada começou a se revelar.
Obcecado por livros sobre crimes e canibalismo, ele ficou vidrado no universo macabro que o levaria a cometer atrocidades históricas.
Entre as décadas de 1940 e 1950, Ed invadia cemitérios, roubava corpos e utilizava restos humanos para fabricar objetos domésticos.
Quando a polícia invadiu sua casa, encontrou móveis revestidos de pele, máscaras feitas com rostos humanos e até um cinto confeccionado com mamilos.
Ele admitiu ter assassinado duas mulheres: Mary Hogan e Bernice Worden, mas os investigadores acreditavam que o número de vítimas poderia ser maior.
Um dos achados mais perturbadores foi um “traje” feito com pele feminina, que ele usava na tentativa de “se transformar” em sua mãe.
Ed Gein foi preso em 1957, depois do desaparecimento de Bernice. No julgamento, foi considerado mentalmente incapaz e enviado a um hospital psiquiátrico.
Em 1968, uma nova perícia o declarou apto para ser julgado, mas ele voltou a ser considerado insano, o que o manteve internado pelo resto da vida.
Passou décadas em instituições de segurança máxima até morrer em 26 de julho de 1984, aos 77 anos, vítima de falência respiratória causada por câncer no pulmão.
A casa onde o serial killer viveu foi destruída por um incêndio misterioso em 1958, pouco antes de se tornar um “ponto turístico”.
Já o carro usado nos crimes foi comprado por um dono de circo, que o exibiu em feiras espalhadas pelo país norte-americano.
Mesmo décadas depois, o nome de Ed Gein continua presente na cultura popular. Sua história inspirou alguns dos maiores clássicos do terror: “Psicose” (1960), com o personagem Norman Bates; “O Massacre da Serra Elétrica” (1974), com o icônico Leatherface; e “O Silêncio dos Inocentes” (1991), com o assassino Buffalo Bill.
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