Entretenimento
por Isabela Fernandes
Publicado em 26/05/2025, às 12h25
Uma mulher foi demitida de seu emprego, em Quedas do Iguaçu, no centro-sul do Paraná, depois de solicitar afastamento para cuidar de um bebê reborn, uma boneca extremamente realista, usada para fins terapêuticos ou por colecionadores.
O caso inusitado tem despertado atenção nas redes sociais e levantado questionamentos sobre saúde mental e direitos trabalhistas.
Segundo o portal CGN, a funcionária apresentou um atestado psicológico, que justificava a necessidade de se afastar temporariamente do trabalho devido ao seu estado emocional.
Apesar do laudo médico, a empresa decidiu não acatar o pedido e optou por encerrar o contrato de trabalho. A mulher não identificada, por outro lado, afirma manter um forte vínculo afetivo com a boneca, a quem tratava como se fosse sua filha. “Só queria cuidar da minha filha”, declarou ela.
A legislação brasileira atual não reconhece a possibilidade de licença-maternidade em casos como esse. O benefício é exclusivo para mães biológicas, adotivas ou que tenham a guarda legal de uma criança. Por isso, não há respaldo jurídico para o afastamento por “maternidade” de um bebê reborn, mesmo com atestado.
Contudo, especialistas destacam que, mesmo sem previsão legal específica, o afastamento por motivos de saúde mental pode ser analisado caso a caso, desde que haja documentação médica válida.
O caso também tem mobilizado grupos nas redes sociais. Em abril, um abaixo-assinado foi lançado com o objetivo de criar uma nova legislação que permita algum tipo de licença para mães de bebês reborn. Os proponentes argumentam que vínculos afetivos, mesmo simbólicos, merecem respeito e atenção do poder público.
Além de surpreender a população local, o episódio reacende o debate sobre como empresas lidam com a saúde emocional de seus funcionários. Psicólogos reforçam que o acolhimento e o apoio psicológico são fundamentais nesses casos, tanto para o indivíduo quanto para o ambiente de trabalho.
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