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por Marcela Guimarães
Publicado em 09/12/2025, às 13h32
Homens casados são realmente mais atraentes? A resposta, segundo uma série de pesquisas, é que sim, por mais que isso soe como uma piada interna em conversas entre amigas.
A psicóloga Cibele Santos, ao portal Folha do Estado, aponta que o desejo pelo que não está disponível geralmente carrega uma adrenalina.
“A ideia de algo inacessível mexe com a curiosidade e cria um clima de aventura”, diz ela. Isso também pode ter relação com a autoestima. “Algumas pessoas acreditam, mesmo sem perceber, que não merecem um relacionamento pleno, e acabam buscando o que já começa complicado”.
Outro ponto é a validação social. Quando um homem já está em um relacionamento, algumas mulheres interpretam isso como um sinal de que ele possui qualidades desejáveis. “É a percepção de que alguém disputado deve ter valor”, afirma a psicóloga.
Muito antes dessas interpretações, estudos em comportamento já apontavam que a “imitação de escolhas”, quando o interesse de um indivíduo aumenta ao ver que outro já fez aquela escolha, é comum no reino animal. Entre mulheres, esse efeito aparece de um jeito ainda mais marcante.
Uma pesquisa publicada na PLOS One mostrou que participantes consideraram mais atraentes os homens descritos como casados ou comprometidos. Elas também passaram mais tempo observando as fotos desses mesmos homens, em comparação com aqueles apresentados como solteiros.
Outro estudo, divulgado na revista Human Nature, indica que mulheres mais jovens ou com menor vivência afetiva demonstram maior interesse por homens que já têm parceira. O envolvimento surge porque outra mulher já “atestou” que aquele homem é confiável.
Em uma terceira pesquisa, esta publicada no Journal of Experimental Social Psychology, entre as mulheres solteiras analisadas, 90% afirmaram que se envolveriam com um homem mesmo sabendo que ele não está livre.
A famosa “competição por parceiros”, tão comum em filmes e séries, ganha confirmação científica na vida real, deixando um alerta para as comprometidas.
Apesar da vontade de viver o proibido e da adrenalina que isso pode provocar, relações com pessoas comprometidas tendem a trazer desgaste e frustração.
Para quebrar esse ciclo, Cibele defende um comportamento que envolve autoconsciência. “Autocuidado, compreensão dos próprios desejos e a busca por vínculos saudáveis e recíprocos são fundamentais”.
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