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"Navio fantasma" reaparece no litoral de SP após mais de 100 anos; entenda

Foto: Reprodução/Tv Tribuna
O veleiro inglês Kestrel, encalhado há mais de um século, volta a ser visto na praia do Embaré, atraindo curiosidade e registros.  |   BNews SP - Divulgação Foto: Reprodução/Tv Tribuna
Fernanda Montanha

por Fernanda Montanha

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Publicado em 24/10/2025, às 07h30



O mar de Santos (SP) revelou novamente parte de sua história. O veleiro inglês Kestrel, encalhado há mais de 130 anos, voltou a aparecer na praia do Embaré, próximo ao canal 5. Os destroços, agora visíveis na faixa de areia, despertam curiosidade entre banhistas e moradores que passam pelo local.

Na manhã desta quinta-feira (23) a embarcação pôde ser vista parcialmente. O cenário atraiu fotógrafos, curiosos e até estudiosos da região. “É um pedaço vivo do passado de Santos”, comentou um morador que observava a cena. Cercado por faixas de segurança, o local é isolado para evitar acidentes e preservar a estrutura histórica.

Foto:Reprodução/Sopesp
Foto:Reprodução/Sopesp

Curiosidade à beira-mar

Entre os observadores, o vigilante André Luis Conrrales, de 54 anos, explicou ao Terra que o fenômeno é comum. “Ele é muito histórico. Aparece quando a maré está baixa. Dá para ver o casco, é um veleiro antigo que encalhou aqui por causa de uma tempestade de ventos na entrada do porto”, contou.

A Prefeitura de Santos confirmou que o recuo da maré durante o último fim de semana foi o responsável por trazer o “navio fantasma” de volta à tona. Embora o fenômeno não seja raro, o aparecimento dos destroços sempre desperta fascínio e rende registros nas redes sociais.

Um pedaço da história

O Kestrel encalhou em 11 de fevereiro de 1895, após ser arrastado por uma forte tempestade. A embarcação cruzou a Baía de Santos e acabou presa na areia da praia do Boqueirão, entre os canais 3 e 4. Com três mastros e estrutura imponente, o veleiro foi gravemente danificado e abandonado no local.

Durante décadas, ele foi conhecido como o “navio fantasma” da cidade. Com o tempo, acabou desmontado por autoridades portuárias brasileiras e inglesas. Porém, a partir da década de 1970, o casco voltou a emergir em meio ao desassoreamento do canal do porto, reacendendo o interesse sobre sua origem.

Patrimônio e tecnologia

Desde 2017, o Kestrel é considerado um sítio arqueológico protegido pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). O local passou a ser monitorado e estudado por especialistas em arqueologia subaquática.

Para aproximar o público da história, a Prefeitura implantou em 2023 um sistema interativo que permite visualizar o veleiro em realidade aumentada, por meio de um QR Code instalado na orla.

Classificação Indicativa: Livre

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