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Nova proteína feita de urina pode ser comida no espaço; entenda

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Cientistas desenvolvem método inusitado para transformar urina em proteína, visando a alimentação de astronautas no espaço. Saiba mais!  |   BNews SP - Divulgação Reprodução/Pexels – Ilustrativa
Marina Gonçalves

por Marina Gonçalves

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Publicado em 15/11/2025, às 13h07



A vida no espaço costuma ser repleta de curiosidades. Coisas simples, como alimentação dos tripulantes, por exemplo, ganham soluções completamente diferentes quando a gravidade deixa de existir.

Pensando nesses desafios, cientistas apresentaram uma nova proposta de alimento no espaço para lá de inusitada ao transformar a urina dos próprios astronautas em uma nova fonte de proteína.

De acordo com informações do portal Metrópoles, a proteína é produzida a partir de uma combinação de elementos como ar, água e eletricidade, além da urina, que passa por um longo processo de fermentação, que é realizado por microrganismos.

Sobre o projeto

O projeto, chamado de HOBI-WAN (em português, bactérias oxidantes de hidrogênio em ausência de peso como fonte de nutrição), entrou em sua fase de testes no início de novembro.

Essa etapa inicial está sendo conduzida em ambiente controlado, com duração de aproximadamente oito meses aqui na Terra. Concluída essa fase, seguirá para a Estação Espacial Internacional, onde os pesquisadores vão analisar como o pó se comporta em microgravidade.

Vale destacar que a iniciativa é fruto de uma colaboração entre a empresa alemã OHB System AG e também a empresa finlandesa Solar Foods, com o financiamento da Agência Espacial Europeia (ESA).

A empresa finlandesa já havia criado na Terra a proteína Solein sem usar insumos vegetais ou animais; agora, busca adaptar o processo para produzi-la também no espaço.

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O segredo por trás da proteína

Para produzir a proteína, microrganismos são cultivados em biorreatores, onde transformam dióxido de carbono, hidrogênio e nitrogênio em proteínas. No espaço, esses elementos vêm do ar e da urina dos astronautas.

O resultado é um pó amarelo de sabor neutro, que pode substituir a carne ou ser usado em pratos como macarrão e até mesmo sorvete. Além de alimentar astronautas, a tecnologia tem potencial para aplicações na Terra.

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