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Publicado em 25/06/2025, às 15h31 Bianca Felix
A possível volta do Fiat Uno ao mercado brasileiro movimenta as redes sociais e reforça o interesse por um dos carros mais icônicos do país. Apesar da ausência de um anúncio oficial por parte da Fiat, os rumores sobre o retorno do modelo em 2025 ou 2026 continuam ganhando força, principalmente após a apresentação do Grande Panda na Europa.
Com sua relevância mantida por uma série de fatores que vão além da nostalgia, O Fiat Uno conta com mais de 4 milhões de unidades vendidas no Brasil entre 1984 e 2021, o modelo se tornou símbolo de economia, praticidade e resistência. A versão Mille, lançada em 1990, popularizou-se ao se enquadrar na faixa de menor IPI, graças ao motor reduzido para 994 cm³.
Mesmo fora de linha, o Uno segue presente nas ruas, nos grupos de entusiastas e nas plataformas de venda, onde versões personalizadas ganham destaque. Segundo a Fenabrave, só em agosto de 2023 foram comercializadas cerca de 40 mil unidades do modelo no mercado de usados.
O Uno continua sendo uma opção acessível e valorizada no mercado de seminovos. De acordo com a Tabela Fipe, os preços variam conforme ano e versão:
Além disso, edições especiais como o Grazie Mille 2013, lançado para marcar o fim da produção do Mille, podem ser encontrados por até R$ 58 mil, especialmente quando têm baixa quilometragem.
Apresentado em 2024 na Europa, o Grande Panda é um compacto urbano com design retrô, interior com materiais reciclados e motorização híbrida e elétrica. Suas linhas quadradas remetem ao clássico Uno, o que gerou especulações sobre sua adaptação ao mercado brasileiro.
A Stellantis, grupo responsável pela Fiat, já confirmou a chegada do Panda ao Brasil. Caso opte por rebatizá-lo como Uno, a montadora pode capitalizar o forte apelo emocional que o nome ainda tem no país. A versão nacional poderia receber motor 1.0 Firefly flex, suspensão elevada e adaptações à plataforma modular CMP para se adequar às condições brasileiras.
Apesar do entusiasmo, o cenário atual do mercado brasileiro traz desafios. O foco das montadoras está em SUVs e picapes, enquanto os compactos hatch perdem espaço. A Fiat já oferece modelos de entrada como Argo e Mobi, o que pode dificultar a introdução de um novo Uno sem canibalizar a própria linha.
Outro ponto é o custo: adaptar o Grande Panda ao Brasil exigiria ajustes para torná-lo competitivo em preço, frente a rivais como Hyundai HB20 e Chevrolet Onix, que oferecem mais tecnologia e segurança.
Nos dias de hoje, o Uno continua sendo valorizado, seja como alternativa econômica no mercado de usados ou como ícone de um período marcante da indústria automotiva brasileira. Se o Grande Panda realmente chegar ao Brasil com o nome Uno, terá a responsabilidade de manter vivo um dos nomes mais queridos do país.
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