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O documentário Número Desconhecido: Catfish na Escola, disponível na Netflix, rapidamente entrou para a lista dos mais comentados da plataforma.
A trama, que parecia apenas mais um relato de cyberbullying, se transformou em um dos casos mais surpreendentes já retratados em um true crime.
A história acontece em uma pequena cidade de Michigan, nos Estados Unidos, onde Lauren e Owen, adolescentes vistos como o casal perfeito da escola, passam a ser alvo de mensagens anônimas.
As ofensas, com tons sexuais e incentivos ao suicídio, vinham de um número desconhecido e se repetiam diariamente por mais de um ano.
No início, acreditava-se que algum colega da escola estivesse por trás das mensagens. A pressão psicológica levou pais e direção a intervir, mas os ataques não cessavam.
As suspeitas chegaram até Chloe, amiga de Owen, mas a polícia descartou sua participação.
Foi apenas com a atuação de um detetive especializado em crimes cibernéticos que a verdade veio à tona: o IP rastreado apontava para dentro da casa de Lauren. A autora era sua própria mãe, Kendra.
O documentário não oferece respostas definitivas, mas apresenta duas hipóteses principais.
A primeira, de que Kendra buscava criar o problema para depois se apresentar como “mãe salvadora”. A segunda, de que havia uma obsessão por Owen, namorado da filha, revelada em atitudes de ciúmes mesmo após o término.
Durante as entrevistas, Kendra surpreende pela frieza, tratando o caso como se fosse apenas uma espectadora, comportamento que muitos interpretaram como sinal de sociopatia.
Quando a verdade foi revelada, o pai de Lauren expulsou Kendra imediatamente de casa. Ela chegou a cumprir pouco mais de um ano de prisão, mas hoje está em liberdade.
Lauren, por outro lado, convive com o trauma e cogita retomar contato com a mãe, apesar da proibição legal.
Mais do que um caso de cyberbullying, Número Desconhecido: Catfish na Escola mostra como a violência pode nascer dentro do próprio lar. Disponível na Netflix, o documentário é chocante, perturbador e levanta debates sobre manipulação familiar e falhas institucionais.
Classificação Indicativa: Livre