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Reprodução/ pexelsPublicado em 17/06/2025, às 19h58 Bianca Felix
Você já tentou corrigir a postura depois de horas sentado em frente ao computador ou usando o celular? Má postura, dores no corpo e músculos tensionados fazem parte da rotina de muita gente. E é justamente nesse cenário que o pilates ganha destaque como uma prática eficaz para reeducar o corpo e promover bem-estar, com movimentos suaves e sem a necessidade de grandes esforços físicos.
Desenvolvido no início do século XX pelo alemão Joseph Pilates, o método é mais do que uma série de exercícios: é uma filosofia que une força, controle, alongamento e respiração. Segundo Ítalo Morais, fisioterapeuta e doutor em ciências da saúde, o pilates trabalha o corpo de forma global.
Ao contrário de atividades focadas em músculos superficiais, o pilates atua nas camadas profundas da musculatura, fortalecendo estruturas responsáveis pela sustentação do corpo. Adriana Batista de Oliveira, professora do The Pilates Studio Brasil, explica que a modalidade melhora a postura e traz leveza aos movimentos cotidianos, como caminhar e sentar. Um dos focos principais é o core — conjunto de músculos do abdômen, lombar, pelve e assoalho pélvico —, fundamental para a estabilidade da coluna e prevenção de dores e incontinência urinária.
O pilates também aumenta a flexibilidade e amplia a movimentação das articulações. De acordo com Morais, os exercícios de alongamento aliviam a rigidez muscular e ajudam a controlar dores musculoesqueléticas. A combinação de movimentos conscientes e respiração melhora a mobilidade e contribui para evitar lesões.
Além disso, o método desenvolve a consciência corporal, segundo a fisioterapeuta Kátia Regina Gomes. O praticante passa a perceber os músculos em ação, o que ajuda no controle motor, no equilíbrio e até na prevenção de quedas, especialmente entre idosos. A educadora física Letícia Marchetto ressalta que o pilates funciona como reeducação corporal, corrigindo padrões inadequados de movimento e melhorando a biomecânica. Mesmo em casos de dores crônicas, como condromalácia, os sintomas podem ser aliviados.
Outro diferencial importante é o baixo impacto articular. Zair Candido, educador físico, explica que os aparelhos de pilates permitem controlar a carga, amplitude e intensidade, tornando a prática ideal para pessoas em reabilitação ou com dores crônicas. A respiração, integrada aos movimentos, também fortalece o diafragma e músculos intercostais, contribuindo para a estabilidade da coluna e melhora da postura.
Depende do objetivo. Para quem busca consciência corporal, força funcional e estabilidade articular, sim. No entanto, em casos de hipertrofia, a musculação ainda é mais eficiente, como explica Candido. O ideal, segundo os especialistas, é combinar as duas modalidades para obter benefícios mais amplos.
Embora não seja um exercício aeróbico, o pilates contribui para o gasto calórico, ativa a musculatura e melhora o metabolismo. Mas, como lembra Ítalo Morais, o emagrecimento depende de vários fatores, como alimentação e estilo de vida. Sessões regulares, com cerca de 50 minutos duas vezes por semana, já podem trazer melhorias na circulação e até nos exames clínicos — mas, para avanços maiores, a prática deve ser contínua e, de preferência, combinada com outras atividades físicas.
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