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Publicado em 30/05/2025, às 11h06 Giovana Sedano
Sabe aquela fome repentina que parece surgir do nada quando o frio chega? Não é só impressão, existe uma explicação biológica para isso. O inverno traz consigo dias mais curtos, noites mais longas e temperaturas mais baixas, o que mexe diretamente com o metabolismo do corpo.
Além disso, a produção de serotonina, neurotransmissor ligado ao bem-estar e ao controle do apetite, tende a diminuir nessa estação, aumentando a vontade de comer.
Com a queda da temperatura, o corpo precisa trabalhar mais para manter sua temperatura interna por volta dos 36,5ºC. Esse esforço extra gera uma demanda maior por energia, e a resposta natural do organismo é aumentar o apetite.
Assim, sentimos mais vontade de consumir alimentos calóricos e reconfortantes, como massas, queijos, chocolates, caldos e assados, comidas que, além de saborosas, ajudam a aquecer o corpo.
Existe um conceito chamado zona termoneutra, que corresponde à faixa de temperatura ambiente em que o corpo não precisa gastar muita energia para manter sua temperatura ideal. Quando estamos fora dessa zona, especialmente em dias muito frios, o metabolismo se acelera para gerar calor. Esse processo de adaptação gera maior consumo de calorias e, como consequência, mais fome ao longo do dia.
Além da resposta fisiológica, o frio também influencia o lado emocional. Alimentos quentinhos trazem uma sensação de acolhimento e prazer, funcionando quase como um “remédio” para a queda de humor comum em dias cinzentos. Esse conforto alimentar é um reflexo da necessidade de equilíbrio emocional durante o inverno.
Saber que essa fome é natural não significa se render a todos os excessos. Apostar em alimentos saudáveis, ricos em fibras e proteínas, como sopas com legumes, grãos integrais e chás quentes, ajuda a controlar o apetite sem abrir mão do prazer de comer.
Na próxima vez que o frio apertar e a fome bater forte, lembre-se: seu corpo está tentando se proteger. Atenda a essa necessidade com equilíbrio, aproveitando o momento para nutrir não só o estômago, mas também o bem-estar físico e emocional.
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