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Quase 30% dos brasileiros usam IA com fins eróticos; veja os ‘atrativos’

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Pesquisa feita no Brasil e na Espanha revela que a IA vem surgindo como uma ferramenta emocional e sexual na era da alta tecnologia  |   BNews SP - Divulgação Foto: Freepik
Redação BNews São Paulo

por Redação BNews São Paulo

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Publicado em 23/12/2025, às 18h00



Uma pesquisa do Gleeden realizada em novembro de 2025 mostrou como a inteligência artificial (IA) vem entrando no campo emocional e sexual.

O levantamento ouviu usuários no Brasil e na Espanha (além de outros países hispânicos) e mostra que, por mais que a IA já seja vista como espaço de escuta, fantasia e projeção emocional, ela ainda está longe de substituir relações humanas.

Comparações entre Brasil e Espanha

Nos dois países, o ponto de partida é parecido. Pelo menos 64% dos entrevistados afirmam que não acham mais fácil se abrir emocionalmente com uma IA do que com outra pessoa.

Ainda assim, surge uma curiosidade: 36% de brasileiros e espanhóis admitem algum nível de conforto em dividir sentimentos com máquinas, mesmo sendo de um jeito pontual.

Quando o assunto é buscar apoio após um dia difícil, os vínculos humanos seguem no topo. No Brasil, metade recorreria primeiro a um amigo e 38% ao parceiro ou parceira. Apenas 13% colocariam a IA como primeira opção.

Na Espanha, a tecnologia nem aparece como escolha inicial: 44% falariam com amigos, 31% com o(a) companheiro(a) e 25% prefeririam não falar com ninguém.

Robô
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Desejo sexual existe?

No campo erótico, o uso ainda é menor. No Brasil, 71% nunca utilizaram IA com essa finalidade, enquanto 29% já experimentaram pelo menos ocasionalmente.

Na Espanha, a resistência é um pouco maior: 81% nunca usaram, contra 19% que já testaram.

Entre os brasileiros, o principal atrativo da IA é não gerar conflitos (50%), seguido pela personalização (33%). Já entre os espanhóis, disponibilidade total e personalização aparecem empatadas como os pontos mais buscados.

Impacto nos relacionamentos

A ideia de se apaixonar por uma IA ainda enfrenta discordâncias. No Brasil, 83% consideram isso impossível; na Espanha, esse número cai para 64%, mas continua majoritário.

Apesar disso, a maioria acredita que o uso da IA pode afetar relações reais: 67% dos brasileiros e 70% dos espanhóis veem potencial para conflitos ou separações.

Sobre substituir a experiência de conhecer alguém novo, a rejeição é quase total no Brasil (100%). Na Espanha, por mais que 73% descartem essa hipótese, existe uma pequena margem que admite substituição parcial.

Onde termina a interação e começa a traição?

A fronteira da infidelidade digital divide opiniões. No Brasil, 60% acreditam que uma relação muito próxima e erótica com IA pode ser considerada traição. Já na Espanha, isso se inverte: 60% dizem que isso não garante infidelidade.

O apelo da IA pode estar ligado ao esgotamento emocional dos dias de hoje, o que obriga casais a repensarem limites, expectativas e até os seus próprios conceitos de fidelidade.

Classificação Indicativa: Livre

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