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Reprodução/ Open AI
A OpenAI, empresa por trás do ChatGPT, lançou seu mais novo produto: o Sora, um aplicativo que combina gerador de vídeos com inteligência artificial e uma rede social no estilo TikTok.
Mesmo com acesso restrito aos EUA e Canadá, e disponível apenas por convite, o app ultrapassou 1 milhão de downloads em cinco dias, superando o ritmo inicial do próprio ChatGPT.
No Sora, os usuários podem criar vídeos curtos e realistas a partir de comandos de texto ou imagens reais. A OpenAI aprimorou o modelo para gerar movimentos mais naturais, sons sincronizados e até vídeos com o rosto do próprio usuário, de forma simples e realista.
O novo app permite que o usuário digite um comando como: “um cachorro correndo na praia” e veja a IA gerar o vídeo em segundos.
Mas a grande novidade está no recurso chamado “cameo”, que possibilita inserir seu rosto ou o de amigos e celebridades nas cenas criadas.
O Sora 2, versão mais recente do modelo, também aprimora a coerência visual, o som ambiente e o realismo físico dos movimentos como água, vento e expressões faciais.
Além de criar vídeos, o aplicativo funciona como uma rede social: os conteúdos podem ser remixados, curtidos e compartilhados, criando um feed de experimentos, memes e paródias, tudo gerado por IA.
Com a popularização do Sora, surgiram preocupações sobre uso indevido de imagens e direitos autorais.
Como o app permite inserir rostos e vozes reais em vídeos gerados por IA, muitos usuários começaram a criar conteúdos falsos com pessoas conhecidas ou já falecidas, o que acendeu um alerta ético.
Vídeos com recriações de Robin Williams, Michael Jackson e Martin Luther King Jr. viralizaram nas redes e geraram revolta de familiares. Zelda Williams, filha do ator, chegou a pedir publicamente que parem de enviar recriações do pai, chamando o recurso de “exploração emocional”.
A OpenAI afirmou que permitirá que famílias e detentores de direitos autorais solicitem a exclusão dessas imagens, mas as críticas continuam.
Para muitos especialistas, a empresa está seguindo uma lógica perigosa de “lançar primeiro e pedir desculpas depois”.
Enquanto o Sora ainda não chega oficialmente ao Brasil, é possível testar a versão web original pelo site sora.chatgpt.com.
Outras plataformas semelhantes incluem:
Veo3 (Google): gera vídeos em 4K com som e movimentos sincronizados.
Runway Gen-4: usada por criadores e produtores independentes para edição com IA.
Pika 2 (Pika Labs): foca em vídeos curtos para redes sociais, com voz e personagem.
Synthesia: especializada em “avatares” realistas que falam mais de 140 idiomas.
Meta AI (Meta): ferramenta experimental para remixar vídeos curtos.
O sucesso do Sora mostra como a criação de conteúdo com inteligência artificial está se tornando cada vez mais acessível e integrada às redes sociais.
Mas o avanço rápido também reacende o debate sobre privacidade, autoria e manipulação digital temas que ainda desafiam governos, plataformas e usuários no mundo todo.
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